Em fevereiro foi à região com menor número de crimes no Rio Grande do Sul
O Vale do Caí já é conhecido como uma das regiões mais tranquilas e com melhor qualidade de vida no Estado. Prova disso são os baixos índices de violência. Neste mês de fevereiro, o Vale teve o menor número de crimes em todas as 16 regiões que integram os comandos regionais de policiamento da Brigada Militar no Rio Grande do Sul.
De acordo com o comandante do Comando Regional de Policiamento Ostensivo do Vale do Caí (CRPO-VC), tenente-coronel Paulo Rogério dos Santos Alberti, foram levadas em consideração as ocorrências de crimes violentos, letais e intencionais. “O nosso CRPO, formado por 19 municípios, foi o que teve menos ocorrências no Estado. Temos uma sequência positiva de redução e manutenção de índices de criminalidade”, ressalta.
Sede do CRPO Vale do Caí e maior cidade da região, Montenegro não registrou nenhum homicídio em fevereiro. O número de roubos a pedestre foi de apenas 2, sendo que no mesmo mês do ano passado ocorreram 5. Os números foram informados pelo capitão Felipe dos Santos Valandro, comandante da 1ª Companhia de Policiamento do 5º BPM. “A nossa região é uma ilha de tranquilidade”, comemora o capitão Valandro, com a experiência de quem veio de Porto Alegre em dezembro do ano passado. O tenente-coronel Alberti, que em outubro do ano passado assumiu o CRPO Vale do Caí, também conhece bem a diferença entre a Capital e o Vale da Felicidade, já que é natural de Porto Alegre, onde atuou no comando do policiamento. “Mesmo situado entre diversas regiões que apresentam alto índice de criminalidade, como Serra, Vale do Sinos e Região Metropolitana, estamos conseguindo controlar a situação no que tange aos crimes violentos letais intencionais”, frisa.
Os índices são de Primeiro Mundo, já que o Vale do Caí tem uma taxa inferior a 6 homicídios por 100 mil habitantes. “É um dos menores do País”, afirma o capitão Felipe Valandro, destacando o trabalho integrado com as demais forças de segurança, como a Polícia Civil, Polícia Rodoviária e a própria comunidade. Apesar da carência de efetivo, a dificuldade é compensada pela qualificação dos policiais e a tecnologia como do videomonitoramento. Também o reforço dos alunos soldados da Escola de Formação e Especialização de Soldados (EsFES). Valandro cita o intenso combate ao tráfico de drogas, um crime em torno do qual giram vários outros delitos. “Todo dia tem prisão por tráfico”, afirma. E mesmo que os delinquentes voltem às ruas e ao crime, garante que os policiais seguem firmes no propósito de combater os delitos. “Vamos prender quantas vezes for necessários”, salienta.
O comandante do CRPO Vale do Caí, tenente-coronel Alberti, entende que os bons índices da região são fruto do forte envolvimento e profissionalismo dos integrantes das forças de segurança, da excelente integração da Brigada Militar com a Polícia Civil e Polícia Penal, e também com os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, que muito contribuem para o enfrentamento das dificuldades do dia a dia.
“Temos comunidades pacíficas. Os crimes que normalmente ocorrem na nossa área envolvem delinqüentes de outras regiões ou são de natureza passional”, declara. “Felizmente estamos conseguindo sucesso nessa luta árdua de controle da criminalidade. Não podemos descuidar, pois é muito fácil desses índices se voltarem contra nós, até pela proximidade que temos com regiões mais violentas. Mantemos-nos atentos e contamos sempre com o apoio da comunidade”, conclui o comandante regional.
Os baixos índices de violência contribuem também para que a região possa atrair mais investimentos, gerando empregos e renda para melhorias nos próprios municípios.