Depoimento da vereadora está previsto para o dia 13
Na quarta-feira, 7, foi ouvida a última testemunha de defesa da vereadora Camila Oliveira (Republicanos) na comissão parlamentar que avalia o pedido de cassação de seu mandato. Também prestou depoimento o ex-presidente do Partido Democrático Trabalhista (PDT) de Montenegro, Rodrigo Corrêa, que ingressou com o pedido de cassação. A vereadora não compareceu por problemas de saúde.
A primeira a falar foi Marta Goretti Oliveira da Silva, testemunha de defesa, que iniciou seu depoimento justificando a falta na sessão anterior por problemas de saúde. O advogado de defesa, Jorge Fernando Filho, questionou a testemunha se ela conhecia a paródia e se havia se sentido ofendida com a letra. Marta confirmou que conhecia a música e disse que, por ser uma paródia pública, já veiculada em vários locais, não se sentia ofendida. “Foi uma música que viralizou. As pessoas cantavam em manifestações e eu ouvi em diversos pontos de Porto Alegre”, pontuou.
Em seguida, foi a vez de Rodrigo Corrêa prestar o seu depoimento. Sem perguntas da acusação, quem questionou o ex-presidente do PDT foi o advogado de defesa. Jorge Fernando Filho iniciou perguntado quem havia redigido a denúncia. Corrêa confirmou que o pedido de cassação da vereadora Camila Oliveira foi redigido junto com integrantes do seu partido. “Enquanto militante dos direitos humanos, ex-conselheiro tutelar e como vereador suplente, me senti muito agredido como pessoa no vídeo que a vereadora fez”, disse Corrêa.
O advogado de defesa ainda questionou Rodrigo, por várias vezes, sobre o conhecimento do artigo da legislação eleitoral que a vereadora teria infringido ao divulgar os vídeos. O ex-presidente do PDT afirmou não ter conhecimento do artigo, mas ter ciência de que é proibida a veiculação de propaganda eleitoral dentro de repartições públicas durante a campanha. “A meu ver, como cidadão, ela infringiu o decoro parlamentar com a falta de respeito nos vídeos. São vídeos depreciativos, desrespeitosos e que incitam o ódio”, concluiu Corrêa.
Agora, a expectativa é pelo depoimento de Camila, que deve acontecer no próximo dia 13. Na sequência, caberá ao vereador Valdeci Alves de Castro (Republicanos) apresentar o relatório à comissão e posteriormente ao plenário para votação. O prazo final para a votação do relatório em plenário é de 90 dias após a abertura do processo de cassação, que aconteceu no dia 20 de outubro. No entanto, há chance do relatório ser votado ainda este ano, antes do recesso da Câmara de Vereadores.