Nesta quinta-feira, dia 25 de julho, Maratá se debruçará sobre seu passado, que consegue identificar refletido em seu presente. A comunidade fará reverência aos alemães que há 200 anos chegaram ao Brasil, em especial um grupo que, entre 1858 e 1859, trazido por Andreas Kochenburger, escolheu viver em um vale montanhoso e banhado por cachoeiras.
Recordarão que o município nasceu “Colônia Maratá” na região da atual localidade de São Pedro do Maratá (parte da Linha Kerber, Esperança, Linha Comprida – hoje de Salvador do Sul – e Linha Pimenta), conforme pesquisa do jornalista Julio Cesar Schenkel Hanauer. Ali construíram a primeira Igreja Luterana da cidade, que, revela a guia de turismo Liani Teresinha Fritzen, foi compartilhada até a construção da primeira Igreja Católica, prédio esse preservado na localidade. Desta época restou ainda a divisão do cemitério de São Pedro pelas duas Igrejas.
Nesta comunidade está também uma das casas coloniais mais antigas do Vale do Caí, cujos proprietários atuais, Raquel Lerner e Nestor Schallenberger, acreditam ter cerca de 150 anos. A residência com oito cômodos foi erguida pela família Ko-Freitag, usando pedras grês extraídas em Urinaca e madeira de lei das florestas no entorno.
Segundo ele, inicialmente deveria ter sido um armazém, valendo-se da passagem da linha férrea pela frente. Décadas depois, o casarão foi adquirido pelo avô materno de Schallenberger, Floriano Lerner, que lhe deixou de herança. O casal mora nela e já recusou ofertas de compra. “É um orgulho pra mim ter essa casa”, diz Schallenberger.