CPRM instalou novo sistema auxiliar visual em frente à Câmara de Vereadores
O Serviço Geológico do Brasil (CPRM/ Sace) está ampliando os pontos de monitoramente dos Sistemas de Alerta Hidrológico (SAHs) no Vale do Caí. Serão réguas apenas para verificação visual e auxiliar do nível do rio, instaladas ao longo das cidades de sua Bacia. Em Montenegro o novo ponto está no Cais do Porto das Laranjeiras, em frente à Câmara de Vereadores. Ainda assim, a referência do CPRM, e que será divulgada em seu site, seguirá sendo o ponto de monitoramento eletrônico ‘Passo Montenegro’, na localidade Passo do Manduca.
O coordenador do Serviço Geológico do Brasil para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, pesquisador em geociências Franco Buffon, assinala que essa Estação Fluviométrica Oficial está em operação desde 1939. Com geração hora a hora de informações automáticas e com apoio humano, consolidou um histórico de mais de 80 anos a respeito do curso d’água, seja em períodos de estiagem ou de enchente, sendo inclusive referencial para estudos da Bacia.
“Esse novo ponto auxiliar tem a mesma referência de nível daquele ponto já instalado do Passo do Manduca”, explica. A colocação das réguas está sendo feita com orientação de satélites e em consonância com o monitoramento eletrônico do Passo, gerando três marcos dispostos no Cais e na frente da sede do Legislativo. Juntos destes estarão as réguas que se complementam, desde o leito do Rio Caí até a parede da Usina.
Este trabalho complexo fará com que a equipe que trabalho permaneça no local ainda nesta sexta-feira, 11, podendo se estender até o sábado, 12. Buffon explica que este sistema facilitará o acesso das autoridades, como Defesa Civil, da imprensa e o acompanhamento do próprio cidadão. Nos próximos dias serão instaladas novas réguas em Vale Real, Bom Princípio e Feliz. Em São Sebastião do Caí não será necessário, pois os pontos oficiais são de fácil visualização.
Dados dos pontos serão estudados
Franco Buffon antecede uma percepção que os moradores terão ao comparar a informações do site do CPRM com o nível da régua; explicando que variáveis naturais – como a distância de 2km entre os pontos, velocidade da água, inclinação, a curva do rio, criarão centímetros de diferença entre as duas leituras.
Inclusive, essa dinâmica do Rio Caí será estudada nos próximos meses, através da comparação das leituras. “Precisaremos do apoio da Defesa Civil neste controle, para aprendermos qual é a diferença, entre as duas réguas, que marca nos períodos de cotas baixas e nas cotas altas”, explica.
O responsável pelo CPRM afasta qualquer relação com o acontecido na enchente de junho, quando os dados e o alerta do CPRM foram ignorados pelo Município, fazendo com que os moradores fossem surpreendidos durante a madrugada. Buffon afirma que a expansão faz parte de um sistema de alerta hidrológico projetado do CPRM para a Bacia do Rio Caí, para melhoria do serviço, especialmente, para as Defesas Civis.
Defesa Civil será grande beneficiada
Na manhã da terça-feira o coordenador Franco Buffon, ao lado da supervisora de Hidrologia, Márcia Conceição Pedrollo; e o chefe de Projetos e Sistemas de Alerta Rio Caí/Taquari, Emanuel Duarte, participaram de uma reunião com Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, empresa Tanac e Secretaria Municipal de Gestão e Planejamento.
A Prefeitura auxíliou na instalação das réguas que beneficiarão especialmente os órgãos públicos. O coordenador da Defesa Civil, Clóvis Eduardo Pereira, revelou que a Prefeitura planeja instalar uma câmera de segurança no Cais para monitoramento online das réguas. Além de facilitar os registros pela Defesa Civil e do próprio CPRM – Sace, deverá ainda dar acesso virtual aos cidadão.