Pujança dos citros é conquista das famílias

A 16ª Festa da Bergamota Montenegrina aconteceu no final de semana, antecedendo o Dia 25 de Julho, onde foi evidenciado o rico legado que o Colono deixou nestas terras, com base fundamental na família. Não por acaso as quatro primeiras posições – entre 203 amostras – na Mostra de Citros de 2023 – foi vencida pelos Pilger, da Costa da Serra. Para aprimorar o trabalho, eles criaram um sistema de sociedade, que é fortalecido pelos laços fraternos.

O primeiro e segundo lugar ficou com as mulheres, respectivamente Ana Luisa e Francisca, noras do patriarca Hélio Pilger e terceiro colocado na Mostra. A quarta melhor Bergamota Montenegrina é do filho Cledson (esposo de Ana) que divide as tarefas da C.J. Pilger e dos 50 hectares de pomar com o irmão Jeferson Adriano (esposo de Francisca). Cledson concorda que o sistema de S.A. foi adotado, sem diferenças para uma empresa. “Cada um tem seu departamento, sua função, dentro do todo”, explica.
Ele é responsável pelo manejo diário e pelo departamento de recursos humanos. Jeferson é formado Engenheiro Agrônomo, então fica responsável pela qualidade das frutas. “O pai fica de chefe”, define Cledson. “E as mulheres também ajudam”, completou Ana Luisa.

O pai acredita que nem se enquadram em agricultura familiar; ainda que este laço seja mantido, inclusive com todos os lares na mesma propriedade. Uma harmonia ancestral vinda do bisavô Edwino Pilger, colono que plantava Aipim, Milho e outros. Os primeiros pés de citros, explica Hélio, foram introduzidos por seu pai, Arnoldo Osmar, mas, primeiramente, como uma alternativa.

Filhos, noras e futuramente os netos
Hoje a citricultura tomou conta das terras, além de criação de gado. “É uma sociedade”, confirma Hélio, de 61 anos, que segue em atividade ao lado dos filhos, noras e da esposa Ereni, de 56 anos. “Eu sou a vovó para que as noras possam trabalhar”, brinca a matriarca, enquanto segura com doçura o netino José Felipe, de apenas 9 meses.
O pai enaltece a família e, apontando para o netinho nos braços da esposa, externa seu desejo de continuidade dos Pilger na terra. Hélio tem orgulho da inovação e consequente fortalecimento que essa geração trouxe ao negócio, e se sente gratificado com o comprometimento dos jovens. “Ele disse que jamais iria estudar para ficar atrás de uma mesa”, declarou, referindo-se ao filho Jeferson, que buscou conhecimento para qualificar o negócio da família Pilger.

Loivo também representou os netos Nicolas, Ítalo –
filhos de Leandro – e Joaquim, que é de Vitor Graeff

Quarto colocado veio de longeO quinto lugar de melhor Bergamota Montenegrina estava em nome de Loivo José Schossler, morador de Vitor Graeff, mas as frutas são das terras de Campo do Meio. Simples de explicar! Os citricultores são a filha Maribel e o genro Leandro Gerhardt. O visitante até planta citros em sua propriedade, mas lá o forte mesmo é o gado leiteiro.
Schossler, de 69 anos, lembra que estava observando a colheita quando o familiar resolveu homenageá-lo com uma amostra na Festa. O vencedor concordou com a reportagem, que o genro escolheu o que havia de melhor no pomar para colocar em seu nome. “Orgulho, porque ele é muito caprichoso, trabalhador e dedicado”, resume.

 

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