A importância de ter um seguro de automóvel para proteger seu patrimônio e garantir sua tranquilidade não pode ser subestimada. Além de atender às exigências legais, o seguro de automóvel oferece cobertura em caso de acidentes, danos a terceiros e roubo. Por esse motivo, ele é considerado um investimento para muitos, pois ajuda a evitar despesas inesperadas e garante segurança financeira em situações imprevistas.
No entanto, a baixa penetração de seguros no Brasil apresenta desafios significativos. Apenas 30% dos veículos são segurados, menos de 20% das residências têm cobertura e menos de 10% da população tem um plano de previdência. Diante desse cenário, “Você está seguro?” foi às ruas de São Paulo, entrevistando consumidores para explorar suas percepções sobre o mercado.
Esta pesquisa foi realizada entre os dias 24 e 26 de setembro durante a 38ª Conferência Hemisférica de Seguros, organizada pela Federação Interamericana de Empresas de Seguros (Fides).
“Depende um pouco do tipo de seguro, mas a primeira questão que considero relevante e geral é justamente a falta de conhecimento, informação e cultura de ter um seguro. Na Alemanha, por exemplo, faz parte do cotidiano do cidadão ter seguro para sua casa, seu carro e seu patrimônio. Os brasileiros sempre têm a tese de que nada de ruim vai acontecer com eles, só acontece com os vizinhos”, disse Dyogo Oliveira, presidente da Confederação Nacional das Seguradoras.
Por sua vez, a diretora executiva da Prudential do Brasil, Patrícia Freitas, identificou alguns motivos principais para a relutância em contratar um seguro, incluindo a situação financeira, a desconfiança, a falta de conhecimento e a percepção de não precisar dele.
Ainda assim, o setor de seguros de automóveis do Brasil está experimentando um crescimento notável, especialmente em 2023, desafiando algumas expectativas anteriores. De acordo com dados da Infomoney, os prêmios de seguro de automóveis atingiram a notável cifra de R$ 26,99 bilhões no primeiro semestre deste ano, registrando um aumento de 18,3% em comparação com o mesmo período de 2022.
A correlação entre o aumento do número de veículos segurados e as vendas de veículos novos é um dos principais aspectos a serem considerados. De acordo com dados do Valor Econômico, em 2022 houve uma queda de 0,85% nas vendas de automóveis, com apenas 1,95 milhão de veículos registrados no país. Enquanto isso, até 2023, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) projetava que não haveria crescimento nas vendas.
Essa aparente desvantagem nas vendas de carros é compensada por um aumento significativo na comercialização de motocicletas, que tiveram um aumento significativo de 17,7% em 2022, com um crescimento adicional de 9% para o ano 2023.
As motocicletas estão surgindo como elementos de destaque nas carteiras das seguradoras, marcando um aumento na frota segurada; de fato, Marcelo Sebastião, presidente da Comissão de Automóveis da Federação Nacional de Seguros Gerais, afirmou que esses veículos poderiam representar entre 7,5% e 8% da frota segurada em 2023.
Outro fator crucial que influenciou a busca por seguro de carro em 2022 foi a inflação do seguro de carro. O Índice de Preços de Seguros de Automóveis (IPSA), calculado pela insurtechTEx, registrou inflação de 20,8% em 2022. No entanto, em março de 2023, a taxa acumulada em 12 meses já havia caído para 13,8%. Essa desaceleração na inflação de seguros representa uma boa notícia para os consumidores, aliviando as pressões econômicas associadas à proteção de seus veículos.
Eduardo Urzagasti
Marketing Manager – Content Writer https://www.omelhortrato.com/
Fonte: Minuto Seguros