Operadora Vivo afirma que a obrigação é no fornecimento de sinal apenas no distrito sede
A prefeita de Maratá, Gisele Adriana Schneider, esteve na terça-feira, dia 4, na sede do Ministério Público em Montenegro para protocolar um ofício relacionado ao atendimento e péssima qualidade do serviço de telefonia e internet móvel no território do Município. A atitude foi tomada menos de um mês após ela ter se reunido com representantes da operadora Vivo.
Em 13 de março, Gisele havia conversado com a gerente de relacionamento institucional da Região Sul da operadora Vivo, Laiana Elisa de Souza. Na ocasião, a chefe do Executivo marataense explicou que o Município havia feito diversos pedidos de ampliação da cobertura dos sinas de internet e telefonia móvel nos últimos anos, inclusive lembrando que em junho de 2022 foi protocolado ofício solicitando averiguação do sinal.
Na ocasião, Laiana afirmou que o leilão do sinal 4G, em seu edital, previa apenas a obrigação de a Vivo atender somente o distrito sede, ou seja, não estava prevista a obrigatoriedade de cobertura nas localidades da zona rural, onde apenas a operadora Oi é a responsável. Após conversa, ficou definido que a Prefeitura realizaria um levantamento das coordenadas geográficas dos locais onde o sinal é fraco ou inexistente para encaminhá-los em um novo ofício à operadora. Em posse do documento, a Vivo encaminharia um técnico para avaliar a intensidade dos sinais de internet e telefonia móvel nos pontos relacionados.
Tal avaliação foi feita, mas, segundo a prefeita, nada mudou. “Eles estiveram aqui no Município, verificaram esses pontos (indicados pelo Executivo), viram que não tem sinal e verificaram a rádio-base e, segundo eles, não tem problema na rádio-base”, relata Gisele. Assim, seguem os problemas de comunicação no interior de Maratá. Inclusive, tal problema se repete em outras cidades da região.
A chefe do Executivo salienta que a Vivo insiste que sua única obrigação é no fornecimento de sinal de telefonia e internet móvel no distrito sede. “Mas eles continuam oferecendo e vendendo planos para a população em geral, independente se ela mora na área rural ou na área urbana”, afirma.
Gisele salienta, ainda, que na próxima semana terá, em Porto Alegre, uma reunião com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A prefeita lembra que, em outras oportunidades, já buscou soluções com o órgão em Brasília, mas sem sucesso. “É inadmissível que em 2023, durante o pleno avanço da era tecnológica, em que o sinal de telefonia e internet é essencial e indispensável para atividades importantes no dia a dia das pessoas, as operadoras e a própria Anatel não resolvam os problemas de sinal existentes nas comunidades e nas cidades do interior”, critica.
