O tema “Preconceito implícito e as desigualdades sociais” foi pauta de uma palestra ministrada pela a Neurocientista Letícia Oliveira, na noite desta quinta-feira, 1º, na Estação da Cultura. O evento foi promovido pelo Coletivo Força Feminina Montenegro.
A Neurocientista, que é professora da Universidade Federal Fluminense, abordou como o nosso cérebro trabalha para reproduzir padrões, que acabam gerando a construção de estereótipos. “Esse fenômeno de preconceitos implícitos, que são preconceitos que nós não percebemos implicitamente, acontece não apenas com gênero, mas também com a cor da pele, idade e até com questões de deficiência física”, destacou Letícia.
Conforme a professora, esse fator pode ser revertido, tendo em vista que o nosso cérebro é muito flexível, sendo capaz de desaprender esses padrões. “Para isso, a gente têm que ter consciência de que existe esse preconceito implícito e a precisa contrapor os estereótipos”, pontua. Nesse sentido, Letícia afirma que a representatividade é muito importante. “Nós precisamos de mulheres, de pessoas negras e pessoas com deficiência nos espaços de poder, nos espaços de liderança. Essa é a melhor maneira de mudar esse padrão que a gente tende a reproduzir”, conclui.
