Policiais fazem treinamento para tiro embarcado em viatura

CURSO visa qualificar PMs no caso de confrontos com criminosos

“Cada um tem que saber a sua posição e como se portar em momento de confronto”, orientou o comandante do 5º BPM, tenente-coronel Oberdan do Amaral Silva. Instrutor de direção e de tiro, ele deu dicas aos oficiais que estavam em treinamento durante essa terça-feira, 28, na linha de tiro da Escola de Formação e Especialização de Soldados (EsFES) de Montenegro. Os oficiais, como tenentes e capitão de várias cidades, serão instrutores depois para os soldados que vão receber as orientações necessárias para o enfrentamento da criminalidade nas ruas da região e do Estado.

Treinamento na EsFES ocorreu na linha de tiro com disparos contra alvos

No treinamento, a viatura se aproxima dos alvos e é simulado um confronto, com os policiais se protegendo atrás de portas e partes da viatura que possuem blindagem. “O policial tem que procurar evitar atirar de dentro da viatura, mas às vezes isso é inevitável. Por isso é importante estar preparado, já que temos que proteger a sociedade, fazendo de forma correta”, explicou o tenente-coronel Oberdan, enquanto ministrava o curso ao lado do também tenente-coronel Moacir Brum, que já foi comandante do policiamento em Montenegro e atualmente está em Porto Alegre.

O treinamento é de tiro embarcado porque os disparos ocorrem de dentro da viatura ou junto a ela, em caso de confronto com bandidos. É feita uma simulação com disparos contra alvos, visando garantir a proteção de cidadãos e dos próprios policiais. “A Brigada Militar está investindo muito em cursos e preparação da tropa”, afirma Oberdan, lembrando outros treinamentos como de tiro, choque, força tática, ambiental, motos, Maria da Penha, entre outros. “Importante para qualificar as abordagens e o combate a criminalidade”, completa, sobre as orientações teóricas e práticas.

Oberdan salienta que a Brigada Militar é referência em instrução de tiro, sendo uma das mais preparadas do País. “É importante saber a decisão de quando atirar. No tiro embarcado, de dentro da viatura, simulamos situações como em perseguições, quando os policiais estão sendo atacados com tiros. É um momento difícil, de tensão, com o veículo em movimento, em que não podem ser atingidas pessoas inocentes”, lembra. “Temos que simular todas as situações, já que os bandidos costumam atirar a esmo. Nós temos que ter responsabilidade, como braço armado do Estado. E por isso tem que estar preparado para proteger a sociedade, observando o lugar mais adequado para os tiros, em que não tiver muitas habitações e pessoas circulando”, completa.

Os oficiais, que deverão se formar no curso de instrutor no final do ano, também estão recebendo orientações em outras matérias, como cerco policial, comboio, perseguição, manobra ofensivas e evasivas, condução de viaturas, entre outros treinamentos. Mesmo no Vale do Caí, onde os confrontos com criminosos são raros, é importante os policiais estarem prontos na eventualidade de alguma ocorrência. “O policial tem que estar qualificado para o melhor atendimento”, ressalta Oberdan. “Se houver um momento que haja necessidade da força letal, nossas guarnições devem estar preparadas para fazer frente a agressão”, frisou o tenente-coronel Moacir Brum.

Instrutores Oberdan e Brum passaram as orientações

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