A candidata a prefeita pelo MDB Clarine Sebastiana Pittelkow Luft e Luciano Schrammel candidato a vice pelo Partido Liberal foram entrevistados no programa Estúdio Ibiá, nessa segunda-feira, dia 16. A dupla é apoiada pelo PL e União Brasil na Coligação “Juntos por Maratá! Sua voz é a nossa força!”. Os candidatos falaram sobre as metas previstas em seu plano de governo, entre elas, a atração de um pólo universitário para Maratá e o uso de Inteligência Artificial para facilitar a vida dos produtores rurais.
Clarine reconhece o bom andamento na Educação e Saúde do município, mas afirma que é preciso avançar. No Turismo, a candidata tem planos para o interior e um ônibus panorâmico para atrair mais visitantes à cidade.
JI – Qual será a prioridade de seu Governo?
Clarine – Prioridades temos muitas. Nós temos prioridades, voltadas à agricultura, à educação e à saúde, que são hoje nossos carros-chefes. Temos uma alta diversidade na área de turismo e também na agricultura.
Valorizar a agricultura e fazê-la alavancar cada vez mais. Queremos aprimorar o nosso projeto na parte da agricultura, que vai ter como nome principal o programa Avança Agricultura. Além deste programa, queremos aprimorar o que hoje já existe e atender nosso município naquelas demandas mais pontuais, que hoje, eles estão sentindo um pouco de precariedade. Temos um olhar especial voltado para isso e queremos dar essa atenção especial a todos eles.
JI – A senhora promete investir na qualidade da Educação, melhorando os índices do IDEB (Índices de desenvolvimento da Educação Básica). O que seu Governo vai fazer de diferente, ou seja, além do que já esta sendo feito hoje para melhorar a qualidade de ensino?
Clarine – A Educação é a base de tudo. Como professora, junto ao meu vice sentimos no dia a dia os interesses dos pais, a preocupação dos pais voltados não só à educação dos filhos, mas também pensando no futuro das nossas crianças e adolescentes.
Temos hoje uma Educação muito boa, profissionais maravilhosos na Educação, professores capacitados para realmente fazer a diferença. Já estamos num patamar muito bom no IDEB, mas podemos evoluir.
Queremos alavancar na nossa gestão, pensar no aluno sair formado do ensino médio, também trazer, quem sabe, um polo universitário para Maratá. A gente acredita muito nisso, temos um projeto já bem pensado para esta área. Queremos manter a nossa criança, o nosso jovem na nossa terra. Nós não queremos que Maratá seja apenas uma cidade dormitório.
Temos que pensar nisso porque o jovem precisa acreditar no município e precisa querer ficar nele. A escola tem um papel muito importante neste quesito.
JI – Vocês já sabem quais áreas apresentam demandas por cursos técnicos, e Maratá comporta um pólo universitário?
Clarine – Acreditamos que sim. Os adolescentes nos pedem muito isso, para trazer facilidade para que eles possam estudar em Maratá. Temos demandas da agricultura, que tem bastante interesse hoje, porque o nosso jovem, ele quer ficar em Maratá, quer trabalhar com os seus pais, mas também tem que estudar e tem que aprimorar o trabalho que já é realizado junto à sua família.
Fizemos alguns contatos com escolas técnicas desses cursos que a gente pretende buscar. Já temos alguns projetos desenhados para isso. Claro que, para chegar lá, precisamos primeiro passar por várias etapas, agora, na eleição. E, depois, se dedicar aos detalhes finais desses programas que a gente quer trazer para Maratá.
JI – No seu plano de Governo constam algumas propostas relacionadas a Habitação. Poderia nos detalhar como a senhora pretende desenvolver estas políticas?
Clarine – Nós, como administração pública, pensamos em comprarmos, junto a iniciativa privada, talvez lotes de terra, bem localizados no Centro de Maratá, para que as famílias possam ter condições de adquirir o seu terreno, para fazer principalmente a sua primeira moradia. Com as pessoas morando em Maratá, a gente vai desenvolver melhor o comércio e aumentar a população, vamos fazer a roda girar.
Queremos ter um profissional voltado só para esses projetos, temos que ter pessoas capacitadas para fazer isso. O profissional da prefeitura fará a plantinha, o projeto. E, nós teremos a sala de apoio ao cidadão de Maratá para prestar todo apoio nas demandas, não só voltadas para isso. O que a gente percebe na administração pública é que hoje o município é um pouco carente de informações de apoio. Nós temos este olhar atento a cada um que vai chegar lá.
JI – Mais de 90% da arrecadação de Maratá esta vinculada a produção primária. E a senhora esta propondo o programa Avança Agricultura. Que ações irá manter e o que de novidade estará disponibilizando para a agricultura e os agricultores?
Clarine – A agricultura foi pensada com muito carinho nessa gestão, tanto que a gente fez várias reuniões não só com nossos apoiadores, mas também fiz reuniões com agricultores que hoje estão nessa parte da agricultura primária.
Luciano – Temos um interesse muito forte na agricultura porque mais de 90% da arrecadação hoje vem desse setor no nosso município. Queremos fazer um planejamento voltado à citricultura, temos um programa que vai beneficiar os agricultores com mudas, para que se possa alavancar a citricultura no município. Ela já vem crescendo, mas falta um pouco de investimento, é uma das bases que a gente quer fazer.
Outra área é a da madeira. A gente tem interesse em trazer uma beneficiadora de madeira para o município, temos que incentivar, temos que começar a ter matéria-prima sobrando.
JI – A candidata pretende desvincular as Secretarias de Obras e Serviços da Agricultura e Meio Ambiente, tornando-as secretarias independentes. A Prefeitura tem hoje os recursos materiais necessários, máquinas e equipamentos, para que as pastas tenham capacidade de trabalho?
Luciano – A nossa ideia é deixar cada secretaria com seu plantel de máquinas. A gente sabe das máquinas que temos no município hoje, temos um bom plantel para atender a demanda de todo agricultor, nos acessos e nos serviços que o colono precisa.
A gente sabe que, separando as Obras e a Agricultura, poderemos atender muito melhor a demanda de todos os serviços. Hoje são feitos e gerados inúmeros protocolos e nada é feito. Nós vamos separar as duas secretarias, cada uma vai ter sua equipe de máquinas e o atendimento vai ter que ser prioritário.
O protocolo terá que ser atendido no máximo em 30 dias. Vamos botar metas no nosso programa.
JI – Hoje qual a principal dificuldade do produtor rural?
Luciano – Além do acesso e das estradas, acho que o atendimento com máquinas, serviço de tratores também é muito importante. A gente já vem conversando com várias agricultoros durante a campanha, a gente está sabendo a necessidade. Esse programa, o Avança Agricultura, como vice-prefeito, vou ficar acompanhando ele, a gente vai querer fazer visitas, porque não adianta lançar um programa e não acompanhar.
Desmembrando as máquinas, desmembrando as duas equipes de Obras e Agricultura, o trabalho vai fluir. Temos um município com 80 quilômetros quadrados, temos uma boa equipe de operadores, de servidores, de pessoas que são ativas, que conhecem a realidade do município, conhecem o trabalho que tem que ser feito na nossa cidade.
JI – Quais ações o seu Governo vai desenvolver para valorizar as empresas, comércios e restaurantes instalados em Maratá?
Clarine – Nosso comércio carece de população. Para a roda girar, tem que ter pessoas para visitar o comércio, almoçar e comprar no comércio local. Hoje temos vários incentivos para as empresas se instalarem em Maratá, mas nunca podemos esquecer de quem já mora no município, quem já empreende. Nós temos metas pensadas para isso.
Queremos criar incentivos para que esses que já estão lá possam também empreender cada vez mais e ficarem mais fortes. Queremos atrair turistas, trazer pessoas para o município, ter um centrinho que seja movimentado.
JI – Como seu Governo pretende fazer para oferecer melhores resultados no Centro Municipal de Saúde?
Clarine – Temos hoje uma Saúde muito boa, mas a gente tem que pensar em melhorar o que a gente já tem para oferecer. Nossos munícipes se queixam bastante da demora dos atendimentos à saúde, de às vezes ir lá e não ter atendimento ou encerrar mais cedo. A questão da medicação, que para uns têm, para outros não têm.
Nós temos atendimento na parte básica da Saúde, que é, o nosso Centro Municipal de Saúde, e nós pensamos em expandir e melhorar. Queremos ao longo dos quatro anos expandir o horário agora, não só prolongar no final do dia, mas antecipar o atendimento no início das manhãs, abrir às sete da manhã e fechar às 20h. Também tentar abrir aos finais de semana.
Temos profissionais muito bons na equipe da saúde atuando. Fizemos contatos com alguns médicos muito bons, os que estão lá também são bons, mas temos que buscar pessoas que entendem da realidade dos munícipes. Fizemos contato com alguns nomes e, ao chegar em janeiro poderemos dizer que tal médico estará trabalhando conosco a partir do primeiro mês de gestão. Também queremos criar um centro de especialidades em Maratá.
JI – No Plano de Governo da sua Coligação tem muitos compromissos que vão impactar nas despesas, Exemplo: contratação de profissionais, reformulação Plano de Carreira, entre outros. A senhora não teme inchar a máquina e superar o índice permitido de comprometimento com a folha de pagamento. Como a senhora vai manter o equilíbrio das contas?
Clarine – Temos hoje uma equipe muito boa que atua no município frente aos serviços que são prestados aos munícipes. Temos servidores efetivos que, praticamente, dão conta dessa demanda.
O que a gente mais escuta é que a prefeitura hoje tem muitos funcionários. Então, a gente também tem que ter um olhar especial para isso. Não somos contra cargos de confiança, muito pelo contrário, mas temos que valorizar quem nós já temos hoje, que já está atuando. Temos que tentar enxugar nossa máquina e fazer uma boa gestão.
A gente sempre tem que pensar que o aumento da folha de pagamento vai repercutir em outras carências. Já uma gestão eficiente vai repercutir em melhorias a todos os munícipes, no sentido de economias.
Claro que a gente tem demanda grande pra atender também, mas hoje uma gestão mais eficaz talvez dê resultado melhor. Estamos comprometidos em reformular muitas coisas e valorizar quem já está na linha de frente.
JI – A senhora propõe criar mecanismos para incentivar a utilização da inteligência artificial para transformar áudios enviados via WhatsApp em notas fiscais. Como pretende viabilizar isto, levando em conta a cultura local?
Clarine – Essa iniciativa é para facilitar a vida do agricultor na emissão das suas notas fiscais. Somos um município que já tem um potencial muito grande, mas a gente pode evoluir, a gente pode modernizar muita coisa. Queremos um município cada vez mais moderno e mais promissor para todos.
Luciano – Hoje em dia já existem aplicativos que via WhatsApp fazem a emissão da nota. Então isso a gente vai querer implementar junto ao nosso agricultor. Claro que a gente vai ter que dar um treinamento, nem todo mundo vai conseguir, mas quem não conseguiria fazer, vamos ter a sala do agricultor, onde a gente vai ter apoio, com um pessoal capacitado que vai poder dar esse treinamento, vai poder ajudar a auxiliar essas pessoas.
JI – Em seu plano de governo também consta um ônibus panorâmico. Pode falar mais sobre isso?
Clarine – Temos um município bastante visitado por vizinhos da região, pessoas de longe visitam Maratá. Pelo potencial turístico que a cidade tem, acho que temos condições de fazer isso sim.
O bom gestor tem que pensar além. Sempre digo que, se os outros podem, porque nós não podemos? Como gestores, temos muitos sonhos, a gente quer Maratá uma cidade cada vez melhor, mais promissora para todos. E, devido ao potencial que nós temos, podemos, sim, atingir essa demanda.
Temos várias metas pensadas para o Turismo. O ponto inicial vai partir do Plano de Turismo. Temos que ativar o conselho municipal de turismo para fortalecer o nosso Turismo cada vez mais.
Temos duas cascatas maravilhosas, o Morro Ibitcã, uma praça maravilhosa, também temos um interior muito rico. Queremos criar outros roteiros que, além de dar visibilidade ao Centro de Maratá como ponto turístico, viabilize também o interior do município. Criar trilhas diferenciadas, criar até um esporte alternativo para isso, uma rota turística rural.
JI – Como será a participação do vice na sua gestão?
Clarine – Quando Luciano e eu começamos a conversar para montar um projeto para Maratá, pensamos justamente nisso. Quais são as capacidades que nós temos como gestores para atuar e fazer um bom trabalho para os marataenses. Eu com a minha experiência na área da Educação, na parte da gestão, e o Luciano, com a experiência na área das Obras e também da Agricultura.
O vice tem que circular por todas as áreas. Acho que o vice tem que estar na rua com os nossos secretários, tem que acompanhar o município como um todo. Ele não vai ficar numa pasta fixa como hoje acontece.
Ele tem um potencial muito grande para me ajudar. E a gente vai trabalhar em sintonia. Tanto que o nosso plano foi pensado não só por nós dois, a gente tem uma questão de ouvir a todos sempre.
Luciano – Comecei minha vida pública como secretário da Câmara de Vereadores, passei pela prefeitura, passei em vários setores da prefeitura, então a gente não vai chegar lá de paraquedas. A gente já tem noção, tem experiência na vida pública.
Acho que um complementa o outro. Como a Clarine bem colocou, nosso plano de governo foi montado por várias pessoas, vários servidores colaboraram, agricultores, pessoas ligadas ao comércio em geral. A gente não fez nada sozinho, dialogar com toda a comunidade é a principal parte do nosso plano de governo.
JI – Qual sua mensagem final?
Clarine – Temos que enfatizar para os munícipes que foi um projeto pensado com muito carinho para todos. A gente não fez o projeto sozinho, a gente fez um projeto pensado em todos e com a participação de todos.
Então, quero dizer para cada munícipe que estamos preparados para representá-los, trabalhar por cada um, sempre pensando que Maratá é o nosso lugar, não é o meu lugar, não é o lugar do Luciano. Queremos um município igual para todos, queremos estar à disposição para ouvir cada um e, ao longo desses quatro anos, visitar cada um, continuar construindo juntos para que a gente possa ter um município de Maratá cada vez melhor. Então, a gente conta com o voto de confiança de cada um no dia 6 de outubro.
A questão do plano já foi muito comentada em Maratá, tanto que alguns criaram polêmicas dizendo que nosso plano foi copiado, muito pelo contrário. Quem acompanha o nosso trabalho sabe que não foi bem assim, temos várias comprovações em relação a isso. Quem ouviu isso pode ficar tranqüilo, nós não temos caráter para fazer esse tipo de coisa. Estamos fazendo uma política limpa, sem agressores, queremos Maratá para todos.
Estamos bem tranquilos e bem preparados para o dia 6 de outubro começar a fazer a grande diferença em Maratá. Só que para isso a gente tem que ter apoio das pessoas.