Pai trabalha com os quatro filhos em sua empresa

Relação profissional fortalece laços familiares e cria vínculo de respeito

O Dia dos Pais está chegando, e com ele, o momento de homenagear quem é, muitas vezes, o homem mais importante de nossas vidas. Em Montenegro, Paulo Kerber, 61, não é apenas o pai de Rafael Augusto, 38, Mateus Roberto, 34, Lucas Ricardo, 32, e Esther Victória, 26. É também colega de trabalho em sua empresa, a Imobiliária Teto Imóveis. O pai conta que a relação deles em ambiente de trabalho, apesar de muito respeitosa, com ética e responsabilidade, tem base no amor. Para além dos negócios, Paulo afirma que a relação profissional entre eles com certeza ajuda na construção de um maior afeto familiar. “Eles me amam e admiram muito, assim como eu a eles. A admiração, o carinho e o respeito aumentam todo dia”, ressalta.

Paulo conta que a entrada de cada um dos quatro filhos na empresa foi acontecendo naturalmente, já que sempre acompanharam seu trabalho e luta. “Desde pequenos sempre me respeitaram e me admiraram”, destaca. Ele relata que o convívio é tão bom entre todos, que além de trabalharem juntos todos os dias, a cada 15 dias todos se encontram em um almoço para ter seu tempo pessoal. “Não basta ser pai, tem que participar”, sintetiza.

Paulo ressalta que o cuidado principal, levando em consideração que trabalha com quatro filhos, é prezar para que um não invada o espaço do outro, assim, segundo ele, “todos se respeitam mutuamente e o trabalho flui muito bem”. Particularmente, como pai, Paulo destaca a dificuldade em não se envolver emocionalmente na vida dos filhos, o que com foco, é possível. Já por outro lado, há um grande sentimento de alegria em poder tocar a empresa em família. “A melhor parte é o orgulho que tenho de ter formado filhos tão bons e preparados, costumo dizer sempre que eles são a melhor parte de mim. É muito bom poder contar com o apoio e com o trabalho deles, pois sei que sempre posso contar com cada um”, salienta Paulo.

“Nós temos muito respeito pelo pai”
Lucas Kerber foi o primeiro a começar a trabalhar junto do pai, com apenas 18 anos de idade. Ou seja, o bom convívio e sucesso na empreitada em família funcionam há 14 anos. Ele diz que a relação entre ele, os irmãos e o pai em ambiente de trabalho é a melhor possível, confirmando o que Paulo diz: o respeito é mútuo “Nós temos muito respeito pelo pai. A palavra dele sempre é a palavra final, mesmo quando a gente não concorda. Quando isso acontece fazemos um comitê com todos os filhos, às vezes até com a mãe junto, para definir qual a melhor decisão”, explica.

Mas na empresa, tudo acontece muito naturalmente. Lucas conta que adora trabalhar com o pai e toda a sua família. “Nós somos muito unidos e estamos sempre ajudando uns aos outros em cada conquista. Tentamos sempre sermos o mais justo e não beneficiarmos ninguém em especial, por isso estamos sempre fazendo comitês para ouvir a opinião de cada um sempre antes de tomar uma importante decisão”, detalha.

Ele ainda admite que às vezes é inevitável que algum assunto familiar ocorra no local de trabalho, assim como assunto de trabalho no âmbito particular, mas a família em consenso se esforça para não misturar as coisas. Para Lucas, o maior desafio é exatamente este: separar os assuntos pessoais do ambiente de trabalho. Em compensação, o filho diz que a melhor parte é ver todos os irmãos e o paizão bem, trabalhando com o que gostam. “Além de saber que podemos contar sempre uns com os outros, e que tem muito amor no ambiente de trabalho”, pontua.

Lucas concorda plenamente com o pai ao dizer que o convívio é fundamental para a proximidade fora da empresa. “A gente gosta de estar junto, além do trabalho estamos sempre almoçando, jantando e passando final de semana juntos. Somos uma família muito unida”, conclui.

“Trabalhar com o pai é um privilégio”
Já sua irmã, Esther Victória iniciou os trabalhos na empresa em 2020. Ela explica que um dos motivos foi o fato de a mãe precisar se ausentar do emprego por um período. Esther conta que começou na parte administrativa e com o passar do tempo precisou ajudar o irmão Mateus no financiamento habitacional. Em seguida, incentivada pelo próprio pai, realizou o curso de corretor de imóveis. Já formada em biomedicina, ela se divide entre a imobiliária e os atendimentos como biomédica esteta.
A família toda divide a mesma opinião sobre a empresa e a relação em família. “Nosso ambiente de trabalho é, em geral, muito bom, mas claro que nem tudo é perfeito. Como em toda a família, existem algumas diferenças, mas isso não interfere em nosso trabalho. Temos uma relação boa de descontração, confiança e afeto”, destaca. “Acreditamos que passamos isso a todos que convivem conosco. Inúmeras vezes, os clientes chegam à imobiliária elogiando o atendimento e dizendo o quanto se sentiram bem em estar na nossa empresa”, conta.

Para Esther, é mais difícil não falar do trabalho fora dele do que o contrário. “Quando estamos juntos, o assunto do trabalho está em pauta, estamos sempre nos atualizando, tentando ajudar uns aos outros a resolver suas questões e discutindo assuntos relacionados ao trabalho, isso é inevitável”, assume. Ela pontua que trabalhar com o próprio pai é um privilégio. “Estamos sempre juntos, a grande maioria das pessoas passam horas no trabalho e tem pouco tempo em família. Nós temos esse privilégio de trabalharmos em prol de um bem em comum. Um torce pelo outro, somos muito unidos e ficamos felizes em ver as conquistas de cada um”, comenta.

Por isso, ela sublinha que o mais empolgante é a relação construída entre a família para o ambiente profissional. “A melhor parte é a nossa relação de união, amizade que temos entre nós. Até quando temos atritos, o fato de trabalharmos juntos ajuda, porque não temos como ficar sem nos falar, quando vê até esquecemos que tivemos desentendimentos”, diz.

Últimas Notícias

Destaques