Nova UBS, ampliação de atendimentos e estruturação da Defesa Civil

O candidato a prefeito de Pareci Novo, Fábio Schneider (PL), e o vice, André Luís Braga (PDT), foram entrevistados no programa Estúdio Ibiá nessa segunda-feira. Fábio falou de suas experiências como atual vice-prefeito da cidade e das metas para o futuro. André, servidor público do município há 16 anos, promete envolvimento direto em todos os setores da Administração.

Os problemas ocasionados pelas enchentes estiveram em foco. Conforme Fábio, moradores que tiveram suas casas atingidas pela água, na Rua da Praia, serão contemplados com novas moradias. Além disso, estruturar e equipar a Defesa Civil com auxílio de pessoas capacitadas para atuar está em seus planos, caso eleito.

JI– Sua vida política sempre foi no PDT, recentemente foi para o PL, ideologicamente oposto o que aconteceu?
Fábio Schneider- Me filhei no PDT por ter mais afinidade, na época, com o falecido prefeito Oregino. Na época, tanto MDB como PDT haviam me convidado.

Vim nessa trajetória, até pouco tempo, no PDT. Com tudo o que aconteceu nos últimos dois anos envolvendo direita e esquerda, acabei fazendo a escolha de trocar de partido. Até por uma questão de acesso que temos com deputados do PL. Me identifiquei muito com ipartido pela questão do trabalho, da fidelidade com as pessoas, então, acabei migrando para o PL.

JI – O senhor é o candidato da situação, faz parte da atual Administração. Qual o bônus e qual o ônus de concorrer nesta posição?
Fábio – O bônus é que a gente consegue trabalhar em cima de um bom resultado que se tem, bons projetos, bons serviços que a gente conseguiu desempenhar ao longo desses anos. Principalmente nesse último mandato, que eu sou o vice-prefeito.

O ônus que esse nosso último mandato teve bastante surpresa, em função do tempo. Iniciamos com uma seca nunca vista nos últimos 100 anos. Assumimos em plena pandemia. Tivemos muitas dificuldades. As próprias enchentes. Essas funções climáticas acabaram mudando a nossa programação. Acabamos deixando de fazer muitos serviços que tínhamos programado para atender nesses momentos.

JI – Qual será a prioridade de seu governo, se eleito?
Fábio – É difícil dizer o que é mais importante. Mas, os setores mais importantes, no nosso ponto de vista, são Saúde, Educação e Agricultura. A agricultura porque hoje é o carro chefe na arrecadação do município, cerca de 75%. Saúde é fundamental, sem saúde não se faz nada. E uma boa educação para nossas crianças.

Mas, com certeza, todas as outras áreas que estão no plano de governo são importantes e serão bem trabalhadas.

JI – Seu Plano de Governo propõe a construção de uma nova Unidade Básica de Saúde. Onde será construída e qual grau de resolutividade dela?
Fábio – É um projeto que está cadastrado e aprovado. Estamos só aguardando o recurso ser depositado. Sendo eleitos, nossa ideia é construir junto ao posto que já existe, na Avenida das Flores. Um prédio bem grande, projeto padrão, obra de dois milhões. No prédio antigo a gente consegue colocar mais especialidades.

Temos UBS ativas no Despique e Bananal, mas não funcionam todos os dias. Com certeza, elas também receberão melhorias. Não vou garantir que terá médicos todos os dias. A gente já vem conversando com os moradores e não teria necessidade de termos médicos de segunda a sexta, turno, manhã e tarde em todos os postos, até pelo alto custo, porque não tem demanda. Mas que vai ser aberto por mais períodos e mais horas, com certeza, de acordo com a demanda.

JI – Seu governo promete oferecer aos idosos curso para aprender a lidar com as redes sociais e a internet. Pode explicar melhor esta proposta?
Fábio – É importante levarmos este conhecimento para eles aprenderem a mexer nas redes sociais e para acessar serviços, notícias. Uma das propostas na área da Saúde é de aderir a um programa, onde um servidor vai lançar no sistema todas as consultas agendadas, e aí esse programa envia mensagem via SMS ou Whatsapp para o paciente avisando o dia da consulta. Se o morador esquece a consulta agendada, o município está rasgando o dinheiro público, vai pagar o profissional médico ou dentista, e o paciente não consulta. Esse é um dos motivos para a importância de todas as pessoas saberem lidar com as redes sociais.

JI – Sobre a criação de um Centro de Apoio à Mulher vítima de Violência: Pareci tem muitos casos de violência contra mulher?
Fábio – Não temos muitos casos. Mas é uma questão que precisa ser bem cuidada. Se um homem agride uma mulher, muitas vezes ela não quer falar, não quer relatar. Esse sistema precisa ser sigiloso para evitar que público e agressor saibam da denúncia.

JI – Seu Plano de Governo promete finalizar projetos habitacionais para famílias que estão em áreas de risco, às margens do Rio Caí. Em que estágios estão estes projetos?
Fábio- Com as cheias, tivemos mais de 20 residências comprometidas. Algumas a água levou por completo, outras caíram e algumas estão com as estruturas comprometidas, oferecendo risco aos proprietários. De imediato, entramos em contato com a Defesa Civil Nacional, que fizeram vistorias e olharam uma área que o município possui, onde seria o loteamento habitacional. Ele já está com a terraplanagem pronta, está bem adiantado, só estamos aguardando o recurso para começar as obras.

No momento em que as casas estiverem prontas, essas pessoas, moradores do lado esquerdo da Rua da Praia que tiveram suas moradias atingidas, serão removidas, vão para essas novas residências. Como eles estão ganhando um terreno com casa, o terreno deles passa a ser do município.

JI – Segundo o Índice de Desenvolvimento da Educação (IDEB), Pareci Novo não atingiu a meta na Rede Municipal de Ensino Fundamental nos anos finais. O que seu governo fará para melhorar o Ensino na Rede Municipal?
Fábio- Na atual Administração, investimos nas apostilas do Aprende Brasil e hoje já tivemos uma melhora. Mas uma das primeiras ideias, minhas e do André, se vencermos a eleição, é de rever o salário dos professores. Temos um déficit no salário deles, e também a questão de algum curso, alguma capacitação a mais.

JI – O candidato propõe melhorar os acessos a ERS-124, através de refúgios ou rótulas. Seu governo vai elaborar estes projetos e executá-los ou vai cobrar do Estado?
André – O DAER confirmou que vão fazer três rótulas e os acessos. Vai ser uma rótula no Pórtico, uma na Avenida das Flores e na Figueira.
Também vão ser feitas melhorias nos acessos do Distrito Industrial, no Parque, na Transcitrus, no Jardim do Pareci.

JI – Outra proposta relacionada a ERS-124 aponta para construção de ponte seca e galerias na Rodovia. O DAER sugeriu galerias, a comunidade pediu ponte seca em dois pontos. Como está esse encaminhamento?
Fábio – Estamos em tratativas com o DAER há bastante tempo. O engenheiro deles esteve olhando as galerias, são cinco pontos, mas tem pontos que uma ponte seca daria mais vazão, porque o rio quando chega na localidade de Matiel, acaba estreitando. Quando ele chega aos 10 metros e meio, acima do nível pela régua de São Sebastião do Caí, acaba despejando, e aí ele vem até a Várzea, e ali tranca na rodovia, que forma um dique.

JI – Como o senhor pretende tratar e buscar soluções para mitigar os efeitos das cheias?
Fábio- Há poucas semanas, foi feito um levantamento de todos os arroios do município. Foi feito relatório fotográfico, onde o Estado sinalizou um recurso de um milhão e meio para poder fazer a limpeza de todos os arroios, o que irá melhorar a vazão.
No Rio Caí estamos tratando em conjunto com a Associação dos Municípios do Vale do Rio Caí (AMVARC). Não adianta somente Pareci fazer a limpeza do rio. Isso ficou bem claro na reunião que tivemos. Temos que trabalhar em conjunto.

JI – Qual a estrutura atual e como o senhor pretende aparelhar a Defesa Civil para enfrentar novas enchentes?
Fábio – Encaminhamos pedido de recurso para deputados federais para equipar a Defesa Civil com lanchas e equipamentos. Estamos em tratativas com os bombeiros para criar um corpo de bombeiros voluntários, assim como Maratá tem. Também queremos dar treinamento com profissionais capacitados para esses voluntários.

JI – O senhor pretende rever a lei de incentivos, com o objetivo de ampliá-la para vinda de novas empresas. É uma iniciativa pedida pela população? Os moradores querem um município industrializado?
Fábio – É tanto um pedido de moradores, feito durante nossas visitas, quanto a questão de aumentar a nossa arrecadação. Em 2021, quando assumimos, a arrecadação era R$ 34 milhões. Em 2023, fechamos com 45, então já conseguimos aumentar a 11 milhões. Quanto maior a arrecadação, mais dinheiro se tem para investir na Saúde, Educação.
O cara chefe hoje é a agricultura. Então, a curto e médio prazo é onde vamos mais rápido conseguir aumentar a arrecadação. Mas o setor de indústria, o comércio é importante, acaba gerando emprego e mais renda no município.

JI – Como será a participação do vice-prefeito na sua Administração?
Fábio – Ele vai trabalhar comigo em parceria, porque vai ter muitas agendas que eu vou estar fora, cobrando o DAER, por exemplo, ou indo a Brasília buscar recurso. Vou ter ele me substituindo, podendo atender às pessoas. Ele vai ser um vice atuante.
André – Meu principal objetivo é participar de todas as secretarias, acompanhar de perto todos os setores. E vou ajudar o Fábio nessas demandas, quando ele for atrás de recurso.

JI – Qual sua mensagem final?
Fábio – O nosso Plano de Governo ficou pronto nos últimos dias, está sendo entregue nas casas e estamos passando para conversar. Nós temos ideias no Plano de Governo, mas, como diz o nosso lema da campanha, “Juntos Faremos Mais”. Nossa meta é passar em todas as casas, aproveitar para conversar, escutar ideias novas e é essa forma que a gente vai trabalhar se ganhar a eleição. Sempre que tiver alguma demanda, alguma sugestão, contem conosco, podem entrar em contato. A gente quer trabalhar em parceria com a comunidade.

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