Mulheres que Brilham: Cintia Tietze “A melhor época da minha vida é agora”

MAIS VOTADA na área de assistência social, Bá conta sua trajetória

Cintia Tietze, 45 anos, é carinhosamente conhecida por muitas pessoas em Montenegro pelo curto apelido de Bá. Muito maior que seu codinome é sua história de vida e superação. Conselheira tutelar em dois mandatos, ela conquistou a confiança na comunidade por seu trabalho e dedicação. Há dois anos passou a atuar como assistente social na secretaria municipal de Habitação, Desenvolvimento Social e Cidadania. Satisfeita com o caminho percorrido até aqui, ela celebra a vida e suas conquistas.“A melhor época da minha vida está sendo agora”, afirma.
Cintia foi a mais lembrada na votação popular do prêmio Mulheres que Brilham 2023, na categoria assistência social. Nessa segunda-feira, 29, ela participou de uma live com a jornalista Maria Luiza Szulczewski (Lica), na qual contou parte de sua trajetória.

Bá lembra que o Jornal Ibiá faz parte de sua história. Natural de Montenegro, ela estudou e cresceu na cidade. Aqui também teve início sua vida no mercado de trabalho. “Comecei vendendo assinaturas de jornais, entre eles o Ibiá”, comenta.
Antes de ser duas vezes eleita para o Conselho Tutelar, Cintia atuou como recenseadora do IBGE. Na época, começou a identificar as lacunas sociais e viu despertar o desejo de fazer algo para ajudar a mudar a realidade social.

Dois graves problemas de saúde a fizeram repensar ainda mais sobre sua existência e tomar caminhos diferentes dos quais vinha seguindo. “Comecei a pensar qual seria minha missão. Resolvi estudar, cheguei a cursar Artes Visuais, mas para mim era um hobby. Fiz um teste de profissões na Ulbra e me indicaram fazer algo na área das ciências humanas”, recorda.
Bá pesquisou e concluiu que a graduação em Serviço Social poderia levá-la ao encontro daquilo que buscava, ajudar ao próximo. “Atuava como conselheira tutelar e batalhava para me formar como assistente social, para seguir nessa luta diária. Em 2017 me formei bacharel em Serviço Social na Universidade Ulbra”, conta.

Para Cintia, além da doença, os piores momentos enfrentados ao longo da caminhada profissional, quando atuou como conselheira, foram aqueles que envolveram abuso contra crianças e adolescentes. “Ter que escutar o depoimento das crianças e adolescentes me emocionava. A gente assistir no noticiário é uma coisa, mas se deparar com isso acontecendo próximo de nós, em todas as classes sociais, e ver que está nas nossas mãos a capacidade de mudar aquela realidade, aquilo mexia muito comigo”, compartilha.

A assistente social vê a escolha ao Mulheres que Brilham como indicativo positivo ao seu desempenho. “A gente trabalha no automático, sem saber até que ponto está fazendo o certo. Ser reconhecida é sinal de que a gente está no caminho certo”, comenta.
“Quero dizer a todas as mulheres para que não desistam dos seus sonhos, lutem por eles. Por mais difícil que pareça, nada nos impedirá de chegar ao nosso lugar. Estamos neste mundo para sermos felizes. Por mais difícil que seja, batalhe”, conclui.

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