Perto da Escola Tanac, um enxame vem preocupando e trazendo risco aos estudantes nessa semana
A comunidade da Escola Tanac vive, nesta semana, com o temor de um enxame de abelhas que se instalou em uma árvore próxima à instituição. Na terça-feira, 19, uma mãe foi buscar o casal de filhos no educandário e, já voltando com os pequenos, chegou a ser atacada pelo animais.
A diretora da Tanac conta que o menino precisou de despir para se livrar dos insetos e correu sem roupas até em casa. Enquanto a menina também corria, a mãe precisou recorrer à ajuda de um morador das proximidades. Ela tinha dezenas de ferrões na cabeça e precisou entrar debaixo do chuveiro para se livrar das abelhas presas. Acabou sentindo reações pelas ferroadas e precisou ser atendida no hospital.
Preocupada com a segurança das cerca de 200 crianças atendidas do primeiro ao sétimo ano na instituição de ensino, a diretora, Jakciane Pasini, vem tendo problemas em achar alguém que resolva a situação. “Eu já entrei em contato com umas quinze pessoas e parece que um empurra para o outro”, lamenta. A preocupação maior é que algum jovem possa, sem saber, ser alérgico aos animais. Neste caso, as ferroadas podem até levar à morte.
Jakciane conta que primeiro recorreu ao Corpo de Bombeiros de Montenegro, que foi ao local e colocou um produto na árvore: um tipo de óleo, que acabou fazendo com que os insetos se mudassem de uma árvore para outra, logo ao lado. Dizendo não terem efetivo para manter um servidor no local orientando o tráfego das crianças nos horários de entrada e saída da escola, os bombeiros sugeriram o contato com a Guarda Municipal.
Contatada, a Guarda foi e isolou a área com uma faixa. Um servidor chegou a acompanhar um dos turnos, auxiliando os pequenos na travessia e, nos demais, a vice-diretora da Tanac e uma auxiliar que ficaram no posto, avisando os estudantes para terem cuidado, atravessando a rua e não mexendo com as abelhas. Qualquer barulho estridente pode irritar os animais e levar a algum ataque.
DEFESA CIVIL
Para tirar as abelhas e, efetivamente, resolver o problema, a diretora recebeu a sugestão de contato de um apicultor. Falando com ele, foi informada de que o serviço custaria R$ 400,00 para ser realizado. No momento, a instituição estadual enfrenta problemas financeiros e nem mesmo a conta de telefone está conseguindo quitar.
Nesse “empurra-empurra”, só hoje que a demanda foi chegar na Defesa Civil, a responsável por, de fato, lidar com o problema. Ao saber do caso, o coordenador do órgão, Elton José da Silva, informou que contatou um apicultor da lista de profissionais parceiros do Município. A Defesa não tem estrutura própria para a retirada dos animais e, por isso, conta com parcerias do tipo. “Fomos ao local e fizemos levantamento fotográfico. Esse apicultor que eu contatei é de Paverama e aí vamos lhe mandar as fotos para ele ver se tem como fazer a retirada”, contou. Elton salientou que, por se tratar de um animal com risco de extinção, é preciso evitar que as abelhas sejam mortas. O ideal, por isso, é a retirada por um apicultor especializado.