Futebol. Em sua sede, equipe marataense venceu o Julinho no último domingo
Representante de Maratá na Copa Integração de Futebol, o Gaúcho da Macega é o grande campeão da 1ª edição do torneio. Na tarde do último domingo, 10, a equipe venceu o E.C. Julinho, de Tupandi, pelo placar de 1 a 0, em sua sede, e levantou a taça da competição. Na final dos aspirantes, o São Luiz, de Tupandi, conquistou o título ao superar o Quinta Neles, de Harmonia, nos pênaltis, por 4 a 3.
Após o empate em 2 a 2 no jogo de ida da final, o Gaúcho precisava vencer em Maratá para conquistar o título, já que o empate dava o troféu ao adversário, que fez melhor campanha na fase classificatória. Com uma dose extra de drama e muita emoção, o gol decisivo foi marcado aos 45 minutos do segundo tempo, em um chutaço de Cauê Gonçalves no ângulo.
Apitado pelo renomado árbitro gaúcho Leandro Vuaden, o jogo foi de muita disputa por espaço e poucas oportunidades para ambas as equipes ao longo dos 90 minutos. Equilibrada e com muitas faltas na região central do campo, a primeira metade da etapa inicial teve pouquíssimos lances de perigo. As principais chegadas do Gaúcho eram a partir de cruzamentos para a área.
O primeiro lance que tirou o “uuh” da torcida foi aos 31 minutos, quando o meio-campista Rodrigo Dias, do Gaúcho, avançou com a bola pela intermediária e arriscou de fora da área, e a bola passou à esquerda, perto da trave. Depois disso, nenhum dos times chegou perto do gol no primeiro tempo.
A etapa final começou com superioridade do time visitante. Logo no primeiro minuto, o zagueiro Everton Hensel cobrou falta de longe para o Julinho e a bola passou raspando o poste do goleiro Andinho. Aos 16, o atacante José Rafael escapou da marcação pela ponta esquerda e cruzou para o meio da área. Augusto Anschau chegou finalizando de primeira, mas Andinho, bem posicionado, segurou firme.
Da metade do segundo tempo em diante, o Julinho começou a abusar da cera, já que o resultado garantiria o título para o time de Tupandi. Os jogadores da equipe caíam no gramado constantemente, o tempo passava, e o Gaúcho não conseguia chegar nem perto do gol adversário. Aos 30 minutos, Denis Abraham recebeu cruzamento na área e desviou de cabeça. O goleiro João Pedro se esticou todo para espalmar e evitar o gol do Gaúcho.
Aos 44, Vuaden sinalizou seis minutos de acréscimos. Inconformados, os atletas do banco de reservas e a comissão técnica do Gaúcho reclamaram muito do tempo acrescido, solicitando mais minutos. Porém, não seria preciso tanto tempo. Logo nos primeiros segundos dos acréscimos, a bola foi lançada para o ataque do Gaúcho, espirrou na entrada da área e caiu no pé esquerdo de Cauê Gonçalves, que sem marcação, finalizou com categoria no ângulo e saiu para comemorar. Era o início da festa na Macega.
No desespero, o Julinho ainda teve duas ótimas oportunidades para conquistar o título. Aos 49, Augusto pegou sobra na risca da área e mandou uma bomba de primeira, mas a bola passou por cima, tirando tinta do travessão. Aos 50, após cruzamento na área, a bola foi desviada e Andinho voou para fazer grande defesa, mas o bandeirinha já havia marcado impedimento. Foi o último lance da competição.
Com o apito final de Leandro Vuaden, centenas de torcedores invadiram o campo para celebrar com os protagonistas da conquista. Sinalizadores, foguetório e muita emoção marcaram a comemoração do título inédito para a comunidade.
Herói da conquista dedica o título à comunidade
Camisa 10 do Gaúcho, Cauê sofreu durante os 90 minutos. Sempre bem marcado pela defesa adversária e às vezes isolado no campo de ataque, o canhoto ainda sofreu um corte no supercilho esquerdo após uma dividida na metade do primeiro tempo, e passou o restante do jogo com a cabeça enfaixada.
Porém, no futebol, o jogador diferenciado precisa de apenas uma bola, um espaço reduzido, para decidir. E quando a bola sobrou para Cauê aos 45 minutos da etapa final, o camisa 10 do Gaúcho não desperdiçou sua única chance durante toda a decisão. O herói do título inédito da equipe da Macega ressalta as dificuldades do duelo. “O campo estava muito difícil de jogar, a defesa deles é consistente. A gente não estava conseguindo criar jogadas, foi um jogo de poucas chances”, resume.
O autor do tento decisivo perseguiu o gol do início ao fim, e foi recompensado. “Precisávamos de uma bola, eu estava pedindo. Às vezes, a gente pede forças de ontem não tem, e o Homem lá de cima correspondeu. Então, quando a bola sobrou, só pensei em finalizar e acertar o gol, era tudo que a gente precisava. Graças a Deus fui abençoado, ver essa comunidade assim, não tem preço. Não tem preço que pague isso aqui”, enaltece.
“Muito feliz por ter contribuído com a vitória e poder dar o título para a comunidade, porque é o primeiro titulo intermunicipal da Macega. Hoje (domingo) estou colocando meu nome na história da Macega, isso é mais importante que qualquer coisa para mim”, completa Cauê.