A terceira edição do projeto Conhecendo Montenegro, desenvolvido pela Diretoria de Turismo do Município, levou dezenas de pessoas ao Faxinal na manhã deste sábado, 05. O trajeto teve início na Schubert Haus, e passou pela igreja, cemitério, pomares de bergamotas e estradas locais, que ainda guardam características de zona rural.
“O projeto nasceu com a idéia de oportunizar para as pessoas conhecerem o município. A primeira caminhada foi no Morro São João, para ver o por do sol, e foi um sucesso. Depois fizemos na Fortaleza e agora aqui no Faxinal”, pontua o diretor de Turismo, Jaime Büttenbender.
Quem participou do projeto também teve a oportunidade de saber um pouco mais da história da localidade, coma a ajuda do historiador Eduardo Kauer. “O nome Faxinal vem desde o século XVIII, quando os portugueses chegaram aqui e encontraram uma faixa de grama mais baixa, sem a vegetação mais alta. Então eles começaram a povoar essa região”, explicou.
O local também foi muito importante durante as colonizações alemã e italiana. Segundo Kauer, a Estrada Selma Wallauer, que fez parte da Rodovia Buarque de Macedo, serviu de rota de passagem para os imigrantes que seguiram para a Serra. “A Estrada ia até Vacaria, na divisa com Santa Cataria. A rodovia atual também vai, mas esse era o trajeto que faziam as carroças com a produção e também os imigrantes italianos, que precisavam passar por aqui para seguir para a Serra”, enfatiza Kauer.
O cemitério do Faxinal, um dos mais antigos do município, também foi ponto de parada. Fundado em agosto de 1880, o espaço guarda importantes aspectos históricos das comunidades do Faxinal, Alfama e Pinheiros. “Temos ainda guardado o estatuto de fundação manuscrito em língua alemã, então o cemitério é um dos mais antigos do município de Montenegro e até hoje conserva a particularidade de ser uma sociedade em conjunto com a comunidade Luterana e Católica”, conta o presidente da Associação Comunitária do Cemitério de Faxinal, Mauro Henrique Kray.
Natural do Faxinal, Kray relata que a Estada Selma Wallauer sempre trouxe grande progresso para a localidade. “Ao redor da estrada tínhamos salas comerciais, salões de baile e hoje ainda preserva muitas características rurais”, pontua. Para ele, o projeto Conhecendo Montenegro é a oportunidade de preservar a história local. “A gente precisa conhecer a nossa própria localidade, o nosso próprio município, porque muitos detalhes passam despercebidos e a própria história vai se perdendo quando não lembramos”, conclui.
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