COBERTORES e mantas de lã são confeccionados por elas na Casa do Artesão
A situação caótica enfrentada por todo Estado desde o início do mês, somada com a chegada do frio, vem mobilizando muitas mulheres em Montenegro. Como muitas pessoas perderam todas as vestimentas e roupas de cama nessas enchentes recentes, um grupo de aproximadamente 20 mulheres têm se reunido todas as quintas-feiras à tarde, das 14h às 17h, para confeccionar mantas e cobertores de lã na Casa do Artesão.
A iniciativa busca ajudar quem mais necessita neste momento. Uma das idealizadoras do projeto, Suzete Furtado Garcez explica como surgiu a ideia. “A gente fez o convite para a mulherada, queríamos fazer um grande evento para ajudar quem está precisando, tanto crianças, como adultos. Estamos fazendo quadradinhos de lã, de crochê, para montar as mantas e cobertores. É para todo mundo usar, crianças, idosos… Ainda mais agora, com o frio cada vez mais intenso chegando”, declara.
Em relação à doação dos materiais confeccionados pelo grupo na Casa do Artesão, Suzete frisa que vai entrar em contato com entidades do Município antes de fazer a destinação. “Vamos ver onde estão precisando mais e vamos levar. Será por ordem de prioridade. Essas pessoas que foram atingidas pela enchente e perderam muitas coisas, vão precisar de muito cobertor e carinho. Então, a gente está buscando ajudar”, salienta.
Quem tiver interesse em colaborar, é só ir à Casa do Artesão, nas quintas, das 14h às 17h. Por conta do feriado de Corpus Christi, o grupo não deve se reunir nesta semana. “Tem gente que não consegue vir aqui para ajudar, mas está doando lã. E isso nos ajuda bastante. Tem um projeto bem legal também que é de sapatinhos, que chamo de ‘Sapatinhos do Bem’. Temos a oficina aqui na casa, onde ensino a fazer sapatinhos de tricô para bebês”, complementa Suzete.
“Fazer algo bom para o outro é incrível”
Voluntária, Liliane Griebeler se juntou ao grupo logo na primeira semana. Ela ressalta que não fazia crochê há muitos anos e chegou a temer não conseguir ajudar, mas não demorou a ‘pegar a prática’ novamente. “Para mim foi um momento muito importante, é um recomeço no crochê, com o intuito de ajudar as pessoas que estão precisando neste momento. Estou muito feliz por estar aqui. A gente ajudar o outro, fazer algo bom para o outro é incrível. Acho que a gente se sente mais feliz do que o outro que recebe”, enaltece.
Além de ajudar o próximo, Liliane tem aproveitado esses momentos com o grupo de mulheres para levantar o astral. “Em casa, olhando as notícias pela TV, só me dava vontade de chorar. Não consigo olhar mais televisão. A emoção da gente chega num ponto que começa a recair. Ultimamente, estou bastante debilitada no meu sentimento. Então, prefiro vir aqui ajudar o grupo, conversar com as colegas. Estou feliz de estar aqui junto com elas, me faz bem”, finaliza.