O Brasil registrou nesta semana os primeiros casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade – H5N1 (Gripe). O vírus foi encontrado em três aves silvestres, no litoral do Espírito Santo, sendo uma migratória. No entanto, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) destaca que isso não afeta a condição do Brasil como país livre da doença e não deve haver proibições ao comércio internacional. O Rio Grande do Sul continua sem casos confirmados da doença.
Mas, diante do alerta, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) apresentou um balanço de ações de vigilância contra a Gripe Aviária. “Com os casos detectados no Espírito Santo, se faz ainda mais necessária a robustez dos mecanismos de biosseguridade que a iniciativa privada, as entidades e as empresas vêm adotando”, assinalou o secretário Giovani Feltes.
A diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), Rosane Collares, apresentou dados gerais sobre a produção da avicultura comercial; e das ações de vigilância iniciadas em outubro de 2022. Na vigilância passiva, que investiga notificações de suspeitas, a Secretaria realizou 73 atendimentos em 2023. Eles resultaram em 15 suspeitas fundamentadas (quando há recolhimento de amostras para testagem). Todos tiveram resultados negativos.
Em ações de vigilância ativa na avicultura industrial, a Secretaria visitou 347 estabelecimentos avícolas, coletando 5.324 amostras. Também não houve detecção do vírus. “Só haverá alteração na condição sanitária do Brasil se a Gripe ingressar na avicultura industrial”, complementou a coordenadora do Programa Estadual de Sanidade Avícola, Ananda Kowalski. (RE)
