Estudantes da Escola Sesi se preparam para torneio de robótica, em Brasília

MONT temporada 2024. Testes de conhecimentos e habilidades em jogo

Alunos da Escola Sesi de Ensino Médio Heitor José Müller de Montenegro não se afastaram das dependências da instituição neste período de férias. Isso, porque eles precisam dar “cara nova”, ou seja, novas especificidades a programação do robô Everest, construído em 2023. Tudo para que máquina e seres humanos estejam alinhados e entreguem o melhor de si na disputa realizada pelo Serviço Social da Indústria (SESI), marcada para 28 de fevereiro a 2 de março, em Brasília (DF).

Desde o ano passado, o SESI é o operador oficial da FIRST Robotics Competition (FRC) no Brasil, categoria em que estudantes do ensino médio constroem e programam robôs de até 56 kg e 1,5 metro de altura. Em 2023, a Equipe Mont viveu sua primeira experiência na competição, e este ano volta com novos integrantes e mudanças na máquina.

Para o diretor da Escola Sesi de Montenegro, João Cunha, a importância da robótica no aprendizado dos alunos está diretamente ao novo perfil do mercado de trabalho ao qual serão entregues quando concluírem os estudos. “O objetivo é preparar o aluno para esse mercado de trabalho que vai ser diferente, para que ele possa, no futuro, usar dessas habilidades e competências em diferentes áreas.”

Em 2024, a competição terá como tema CRESCENDO, dentro do universo da arte. Competem, ao todo, mais de 3.500 times de várias partes do mundo. A nova missão exige que Everest seja totalmente repaginado. “Ano passado a missão era com cones e cubos; neste, são argolas que tem de serem lançadas em dois níveis. São mecanismos totalmente diferentes”, explica Felipe Tonelo De Pierri, remanescente da turma do ano passado, que na época estava no 2º ano.

A equipe corre contra o tempo para que tudo saia bem e Everest esteja pronto para embarque no dia 20 de fevereiro. A máquina será transportada via terrestre, diferente dos alunos que irão para a Capital Federal de avião. “Para nós, muito mais importante que a colocação na disputa é a aprendizagem que isso gera para eles, seja na parte técnica, na montagem do robô, e também na interação social”, diz João. “Sabemos que são extremamente capazes e competentes, então, acreditamos na possibilidade de voltarem com uma premiação ou boa colocação, mas, a aprendizagem é o maior objetivo.”

Empresas podem apoiar a equipe
Enquanto as despesas com viagem e hospedagem são cobertas pelo Sesi, a equipe Mont FRC 2024 enfrenta desafios para financiar a montagem da arena de treinos e do robô. Nesse contexto, o apoio de empresas torna-se fundamental, contribuindo não apenas para o desenvolvimento da equipe, mas também para a promoção do potencial desses jovens no cenário da robótica.

Maria Eduarda Fink Morais, membro da equipe, destaca a importância desse apoio. “Se alguma empresa puder nos ajudar, é bem-vinda. Precisamos de recursos para construir o robô, e é por meio desses parceiros que conseguimos.” A Mont conta com o apoio da Kapesberg, Dobra e Poker desde o início de sua jornada, além do suporte de orientação fornecido pelo Johm Deer e Senai, além de outros parceiros.

O engajamento do setor empresarial na promoção da ciência e tecnologia entre os jovens é importante para a formação de futuros profissionais capacitados e inovadores. A Mont FRC 2024 representa não apenas uma equipe de robótica, mas também um projeto que conta com o apoio e a confiança de empresas comprometidas com o desenvolvimento da juventude e o avanço da tecnologia.

Nova formação da Equipe Mont FRC
Os estudantes da Mont FRC 2024, composta por Carolina Link Kranz, Dafne Isabele Joner, Felipe Tonelo De Pierri, Jorge Lucas Campos de Moraes, Luiz Filipe Klein da Silva, Maria Eduarda de Campos Lauermann e Maria Eduarda Fink Morais, enfrentam o desafio de lidar com opiniões diferentes de maneira democrática. Tal situação exercita o diálogo argumentativo entre eles.

O contato com pessoas é justamente o que motiva Carolina Link Kranz a integrar o setor de Marketing, responsável pela comunicação do grupo. “Já fiz parte da equipe de FLL, promovida pela First. No segundo ano, participei de outra competição de robótica, a OBR, mas já tinha sido suplente na FRC. Vinha aqui nas férias para ajudar eles, sempre foi algo que me chamou a atenção pela parte da comunicação e também para conhecer novos lugares e pessoas. Acabamos conhecendo muitas equipes e adquirindo conhecimentos, isso pode nos ajudar muito no futuro profissional.”

Felipe Tonelo De Pierri destaca a aprendizagem sobre lidar com pessoas. “São turmas diferentes. É muito legal conhecer novas pessoas. Sou da equipe anterior (era o único estudante do 2º ano) e vivenciei a energia do evento. O ambiente é de competição, mas ninguém deixa de ajudar o outro”, diz o jovem.

O robô Everest está ganhando novas habilidades, que são construídas em segredo

CRESCENDO: desafio 2024
A FIRST (For Inspiration and Recognition of Science and Technology) inspirou-se no mundo da música para lançar o desafio CRESCENDO. Crescendo é a dinâmica que se refere a intensidade em que um som é emitido, como uma nota crescente. A novidade deste ano são as argolas, que vão representar notas musicais. Esses elementos devem ser lançados ou colocados em caixas de som.

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