Estiagem: nível do Rio Caí é preocupante

Segundo a Corsan, a situação é extremamente preocupante

Nessa quinta-feira, 12, em Brochier, foi decretada situação de emergência devido à estiagem. Por isso, no mesmo dia, Ângelo Marcelo Faro, engenheiro da Corsan em Montenegro, esteve na Rádio Ibiá Web para falar do assunto na cidade. Por aqui, o abastecimento de água ainda não é caso de decreto, mas “é uma situação que pode deixar de ser tranquila de um minuto para outro”, segundo Faro. Ele explica que o que preocupa é o nível do Rio Caí. Segundo ele, o Caí em Montenegro está praticamente nivelado com o Jacuí, Guaíba e Lagoa dos Patos. “O vento Norte está barrando e empurrando a Lagoa dos Patos para o Sul. Assim, ele abaixa de nível, junto com o Guaíba e, em consequência, o Rio Caí”, explica.

Atualmente, o rio que passa por Montenegro está 50 centímetros abaixo do nível, o que provoca problemas na captação. “A água começa a abaixar muito e as bombas tem mais dificuldade em buscar água na beira”, salienta. Faro destaca que “a situação não é de desespero, mas é extremamente preocupante” e que qualquer possibilidade de chuva, principalmente a marcada para hoje à tarde, pode trazer a reversão do quadro.

Conforme o especialista, se não chover, Montenegro terá problemas nas lavouras e ainda mais calor. Com as temperaturas elevadas, se repete o ciclo e as pessoas tendem a tomar mais banhos, encher piscinas, lavar carros e molhar as calçadas, voltando então ao consumo elevado. “Este é o alerta. Evitar estas ações, porque o rio está baixo. A gente consegue tratar e colocar água nas torneiras, mas não com a facilidade que normalmente se teria. Isso pode acarretar dificuldades para algumas pessoas que estão nas partes mais altas da cidade”, sinaliza.

Faro ressalta que é importante a comunidade entender que esta não é uma questão pontual de Montenegro, mas que ocorre em todo o Estado. Por isso, é fundamental que cada um faça a sua parte e economize água. “A água é um recurso finito, embora acreditem que não”, diz. Segundo ele, a situação não é apenas para hoje e próximas semanas, mas para se pensar no futuro. “Moro em Montenegro há 15 anos e trabalho no abastecimento da cidade há 10. Eu nunca vi a situação do rio como está. Piora dia a dia”, constata.
“Para a gente não ter que fazer racionamento, seria muito importante a comunidade economizar. Quanto menos gastar, mais sobra para podermos usar daqui mais uns dias”, conclui.

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