Após o Encontro Setorial de Cultura do Rio Grande do Sul, ocorrido na Fundarte na última terça-feira, 27, em votação, foram definidos os cinco temas que serão levados para a 6ª Conferência Estadual, que ocorre em Porto Alegre, em janeiro de 2024. De acordo com Juliana Sehn, coordenadora do Colegiado Setorial de Música RS, posteriormente os assuntos podem ser discutidos na Conferência Nacional, caso seja de acordo da plenária. Também houve votação para escolha de um delegado que irá participar da 6ª Conferência. Com 15 votos, Patrícia Melo foi eleita; já Adriana Pacheco ficou como suplente, com 13 votos.
Para Juliana, o evento alcançou seu objetivo enquanto Encontro Setorial. “Tivemos um público representativo, considerando presencial e virtual. Obviamente, sempre espera-se um maior engajamento”, afirma. Porém, ela destaca a importância das pessoas que acompanharam o evento, que inclusive representavam inúmeras linhas de atuação no setor musical, como professores, pesquisadores, músicos de banda, regentes, compositores e produtores. “Isso enriqueceu a construção colaborativa das cinco prioridades escolhidas. É importante ressaltar que reduzir a cinco prioridades um plano setorial tão amplo não foi tarefa fácil e que não exclui a importância das demais metas que compõem o documento”, conclui.
Temas escolhidos para a Conferência Estadual
1- Articulação do Sistema Estadual de Música, incluindo o Instituto Estadual de Música e outras instituições públicas e privadas do setor; Colegiado Setorial de Música; e conselheiros estaduais e municipais do setor, fortalecendo a transversalização no âmbito da representação da sociedade civil e a gestão do Sistema Estadual de Cultura no âmbito das políticas musicais.
2- Garantia de orçamento mínimo de 2% para a Cultura no âmbito estadual, e com a implementação de mecanismo específico de fomento para o Setor Musical
3- Criar programa permanente de descentralização da música, promovendo atividades de formação, produção, circulação e intercâmbio, fortalecendo polos de produção e difusão de música em todas as regiões do Estado, integrando redes de emissoras governamentais (TVE), públicas, educativas, comunitárias e digitais.
4- RS Criativo: a política setorial enquanto vetor de desenvolvimento social e econômico sustentável, valorizando fazedoras e fazedores musicais, criatividades e potencialidades locais.
5- Criar, em parceria com a PROCERGS, um Mapa da Cultura, que contenha portal de divulgação e um banco de informações do Setor Musical do RS, promovendo perfis de artistas, profissionais da música, agenda de programação e outras informações afins.