Expectativa é que a produção na unidade seja retomada ainda neste mês
Com sede em Barcarena, no Pará, a Alubar vai iniciar atividades em Montenegro em breve. A empresa concluiu a aquisição da fábrica da Fujikura, no Distrito Industrial do Município, como parte de seu projeto de expansão. Parada há alguns meses, a unidade local tem capacidade para produzir mil toneladas de cabos elétricos de alumínio por mês e empregar diretamente cerca de 60 pessoas. A expectativa é de que a operação seja retomada, sob a nova direção, ainda neste mês.
A Fujikura é japonesa e inaugurou o empreendimento montenegrino em abril de 2015, em parceria com a ProCable Telecomunicações. Foi um investimento de mais de R$ 30 milhões no local de fabricação dos cabos para os setores de energia e telecomunicações. A reportagem não conseguiu contato com os responsáveis para comentar o fim das atividades.
Conforme a Alubar, a estrutura e os equipamentos da fábrica estão em bom estado de conservação; e ainda será instalado novo maquinário de acordo com os seus parâmetros. A produção será abastecida por vergalhões de alumínio provenientes da sede paraense.
Diretor Executivo da compradora, Maurício Gouvea conta que a estratégia com a nova unidade é reforçar o atendimento ao setor de transmissão de energia elétrica até 2021. “Hoje a nossa principal demanda é de cabos de alumínio para linhas de transmissão de energia. A partir de 2022, quando a expansão do sistema de transmissão estiver mais avançada no País, existe a possibilidade do perfil do setor elétrico mudar, com mais demandas por cabos para distribuição de energia”, aponta o gestor.
Com o otimismo em alta, a chegada ao Município também é vista como a possibilidade de abrir novas portas à marca. “A fábrica em Montenegro vem para reforçar a produção para o Brasil até 2021, mas também vislumbramos a possibilidade de alcançar mercados no Uruguai, Argentina e Paraguai a partir desta aquisição”, coloca Gouvea. A Alubar já é a maior fabricante de cabos elétricos de alumínio da América Latina, tendo adquirido uma fábrica de vergalhões no Canadá recentemente e estando prestes a concluir a compra de outra unidade no estado de São Paulo.
EMPREGOS
A Alubar aponta que, como a Fujikura havia encerrado as atividades há alguns meses, parte dos funcionários que atuavam na fábrica já haviam se colocado em outras empresas. Mas há, sim, reaproveitamento da mão de obra em um processo “natural”, como avalia a compradora.
Recentemente, a paraense fez uso da intermediação do Sine Montenegro em processo seletivo para algumas das vagas abertas. Na ocasião, houve filas; e os interessados passaram por uma prova e entrevistas.Conforme a assessoria de comunicação da empresa, as seleções de funcionários continuam.