FILME será lançado dentro das comemorações do aniversário da instituição
A história centenária da ABC Floresta Montenegrina está sendo tema de um documentário. A produção, que levará o título de “Floresta Montenegrina: Relatos e fatos de uma história preta”, contará com depoimentos de pessoas que fizeram e fazem parte da história do clube social negro.
“Produzir um documentário é a certeza de que contar a nossa história está sendo protagonista. Uma das nossas grandes batalhas na pauta preta é a necessidade de pessoas negras terem papel de fala”, destaca Letícia Santos, presidente da Sociedade. A produção do documentário está sendo viabilizada por uma emenda impositiva no valor de R$ 16 mil, de indicação do vereador Felipe Kinn. “Precisamos assegurar que a cultura negra no Vale do Caí seja protegida e incluída na trajetória de 150 anos da cidade de Montenegro. Nós também construímos essa cidade e o fomento financeiro é uma resposta respeitosa a essa contribuição”, pontua Letícia.
A produção tem roteiro e direção do documentarista Sérgio Rosa. “Um documentário é um documento em audiovisual que traz uma narrativa a partir das verdades de uma pessoa ou coletivo. Poder contar a história de uma sociedade negra centenária tão importante para a conjuntura de um município ou Estado, como é a Floresta Montenegrina, é de suma importância e de grande valia”, enfatiza Sérgio.
O documentário também conta com a coordenação de Thais Santos e direção administrativa de Paula Ferraz. Segundo Thais, a produção surgiu através da composição de vários projetos que a Sociedade Floresta vem protagonizando. “Notamos que para falar da cultura e da história da entidade precisávamos sempre voltar ao passado e muitas vezes resgatar com os mais velhos alguns contos e causos. Até mesmo para contar sobre o surgimento da ACB Floresta Montenegrina, a busca era inevitável”, pontua. Com isso, surgiu a idéia de deixar a história documentada, através de depoimentos e resgates de movimentos, projetos e lutas travadas.
O documentário será lançado no dia 30 de setembro, dentro das comemorações de aniversário da ACB Floresta Montenegrina, em um momento de confraternização dos sócios, diretoria da entidade, personagens do documentário, produção e convidados. “Em 107 anos de existência o clube social negro foi o ponto de encontro para que nosso povo pudesse conversar, se divertir e lutar. Foi local de resistência também, onde se iniciaram vários projetos e ações provindos do Movimento Negro”, conclui Thais.