Dirce Dewes promete atenção às mulheres e crianças de Montenegro

O calendário da cobertura eleitoral do Ibiá previa a realização de um debate entre os candidatos a vice-prefeito de Montenegro, no dia 18, antecedido por uma reunião agendada para o do dia 16 para definição de regras.  A ausência de representantes da chapa Zanatta e Braatz fez com que a Direção do Ibiá considerasse a renúncia da Coligação Avança Montenegro em participar do debate.

Diante disso, foi realizada uma entrevista com a candidata Dirce Bernardete Dewes, da Coligação Juntos Faremos Mais por Montenegro (PSDB/Cidadania/União Brasil). Ela concorre ao cargo de vice-prefeita ao lado de Paulo Azeredo. No programa Estúdio Ibiá, exibido ao vivo, ao meio-dia, na Rádio Ibiá Web, Dirce apresentou suas propostas. Aos 51 anos, empresária e filiada ao União Brasil, é a primeira vez que concorre a um cargo eletivo.

Dirce destacou a importância da criação de departamentos específicos para atender mulheres, crianças e pessoas com necessidades especiais. Ela afirma que no governo Azeredo será  mantido  um gabinete aberto para receber as demandas da população.

JI – A senhora chegou a ser lançada candidata a Prefeita, depois passou a compor a chapa de Azeredo. A candidata se sente preparada para este desafio?

Dirce – Me sinto preparada. Nos meus negócios, sempre fui bem sucedida, sempre administrei muito bem. Me sinto muito preparada, porque sou muito organizada e eu vou avante. Com o Paulo, que é muito honesto, acredito que a gente vá fazer um trabalho muito bom, dinheiro tem, a prefeitura arrecada quase meio bilhão, dinheiro vai ter. Só que tem que ser bem administrado, tudo bem organizado.

Temos que ter pessoas certas, nos lugares certos. A gente vai fazer concurso público; alguns CC’s, que trabalham muito bem, vamos deixar. Vamos observar quem estará no nosso grupo, para fazer um trabalho bom.

JI – O que levou a senhora a sair da zona de conforto e concorrer nesta eleição?

Dirce – Estou saindo da minha zona de conforto porque vejo que a cidade está precisando. Abrir a porta da minha casa todos os dias e ver um buraco enorme, que cabe um carro dentro e não saber o que fazer, porque eu não tenho o que fazer, depende de pessoas da prefeitura, que, mesmo a gente fazendo protocolo não fazem nada. E não é só comigo, isso acontece com várias pessoas. Elas fazem reivindicação e não são ouvidas.

Queremos fazer um gabinete aberto na prefeitura para que as pessoas possam ir lá  fazer suas reivindicações e serem ouvidas, não é isso que acontece hoje.

JI- Qual a influência do Chacall, seu esposo, na sua decisão de concorrer?

Dirce – Há 16 anos ele vem trabalhando para o povo, no meu entender, é um vereador sem salário. Ele faz muita reivindicação, mostra os problemas, só que, muitas vezes, não tem o retorno que deveria ter da administração. Essas pessoas que estão na prefeitura hoje precisam administrar para o povo, a cidade precisa de melhorias.

O povo tem que sentir orgulho da cidade onde mora, eu não tenho orgulho da cidade em que moro. Muitas vezes até pensei em sair da cidade, porque eu vejo Montenegro muito cinzenta, a minha cidade não é mais como era, já esteve muito melhor tanto na saúde, como na educação, nas estradas, está muito atirado, e isso é a má administração, pessoas que estão lá, sem ter condições de estarem administrando. A gente tem que trocar, tem que mudar, o povo tem a chance de fazer essa mudança, a hora é agora.

JI – Sua participação na administração se dará apenas nas situações previstas em Lei de substituição do prefeito ou terá protagonismo no dia a dia da gestão?

Dirce – A minha participação vai ser no dia a dia, quero estar ao lado do Paulo, trabalhar junto nessa administração. Vejo que as mulheres precisam de mim, elas devem ser ouvidas.

Hoje não existe mais a casa de amparo para mulheres vítimas de agressão. Quero retomar para que as mulheres se sintam protegidas. E também dar atenção às mães especiais, porque eu sou uma mãe especial. Vejo que não são ouvidas sobre o que as crianças precisam. Uma criança especial precisa de acompanhamento, pelo menos semanal, com uma psicopedagoga, com psicóloga fonoaudióloga, um acompanhamento para que elas fiquem amparadas.

Quero ajudar também as pessoas que precisam de cirurgia. Temos que mudar isso, e eu vou estar firme com o Paulo, a gente vai conseguir mudar.

JI-A senhora já combinou com o candidato Paulo Azeredo quais projetos ou programas específicos que gostaria de coordenar ou supervisionar como vice-prefeita?

Dirce – Pretendo ajudar muito na administração, no Departamento da Mulher e também das crianças especiais, porque tenho muito conhecimento nessa área.

Claro que também vou ajudar nas outras áreas, mas a princípio será criado o Departamento da Mulher e o Departamento das Crianças, que precisam  de atendimento especializado. Acredito que eu, como mulher,  posso ajudar muito e há muito tempo não se tem uma mulher na prefeitura. Lembro da Madalena, ela fez um trabalho muito bom, acredito que posso fazer um trabalho muito bom também e vou fazer.

JI – O candidato a prefeito já tem conhecimento dessas suas ideias?

Dirce – A gente se entende muito, sou uma pessoa muito calma, tenho muito diálogo com as pessoas. Concordamos em fazer uma administração voltada para o povo. Hoje, o povo não tem orgulho da cidade, e precisa ter. A entrada de Montenegro está cheia de buracos, a pessoa que chega de outra cidade pensa que não tem governantes aqui, que não fazem pelo povo, não fazem pela cidade.

As empresas não vêm para Montenegro porque chegam na cidade e ela está feia, sem estrutura. Daqui a pouco não tem mais emprego para os jovens, vão ter que sair para outra cidade, e não é isso que a gente quer.

JI – Como a senhora pretende atuar em situações de divergência de opiniões com o prefeito?

Dirce – Acredito que vou conseguir lidar muito bem com o Paulo porque consigo lidar com o Chacall, que é mais difícil. Sou muito calma e não há nada que o diálogo não possa resolver.

JI – Qual será a prioridade do futuro governo de vocês? Algumas pessoas criticam dizendo que o Paulo só pensa em Rodeio?

Dirce – A gente, claro, vai fazer rodeio, mas vamos fazer mais coisas, como creche noturna, escolas com turno integral.  A valorização dos funcionários públicos, dos professores também.  O plano de carreira precisa ser revisto e também a valorização salarial.

Os moradores do interior nos pedem pouco, mas querem coisas como câmeras, transporte, que hoje eles não têm. Vamos colocar linhas de ônibus para se deslocarem para a cidade e para poderem retornar.

Vamos fazer postos de saúde, creche nas localidades de Rua Nova e Muda Boi, tem várias localidades em que a gente quer fazer turno integral e atendimento diário nos postos de saúde, que hoje é só na segunda-feira.

Queremos colocar subprefeituras no interior, para que as pessoas não precisam vir para a cidade pedir talão de nota, fazer protocolo de melhorias das estradas. A gente vai levar máquinas e caminhões e deixar lá no interior para não precisar vir para cá e depois retornar.

Precisa de câmeras nas estradas do interior porque acontecem muitos assaltos. O interior também precisa de segurança.

JI – Qual a sua avaliação da forma como o Município está preparado para enfrentar desastres naturais, enchentes ou outras situações de emergência?

Dirce – Vamos ter que pegar profissionais nessa área para ver o que fazer com o Rio, se é o caso de fazer um dique. Fica difícil as pessoas ficarem morando em locais onde a água chega até o telhado. Até pensamos em comprar uma área e fazer algumas casas de madeira para pessoas que não querem ficar perto do Rio.

JI – Como a senhora vê o aparelhamento da Defesa Civil do município?

Dirce – Vejo hoje como ineficiente, aconteceu de dizerem que seria uma lâmina d’água quando foi muito alta, vejo que não está eficiente. Vamos ter que analisar o que tem de errado para não dar as informações erradas para o povo. Tem que ter uma solução para isso.

Com certeza, a gente vai ter que fazer parcerias com todas as cidades da região. Temos que trabalhar juntos para ter uma solução. Sozinho não tem como. A gente vai trazer a solução conversando com o pessoal de outras cidades e com profissionais.

JI – Como a senhora avalia o trabalho que está sendo desenvolvido pela atual gestão?

Dirce – Dou nota zero, não vejo eficiência em nada. Vejo má administração na saúde, na educação, no interior. Precisa de uma mudança muito séria.

Não gosto do governo deles. Não tem nada eficiente, as pessoas precisam de saúde para viver, as pessoas precisam de estradas e ter saneamento na frente da casa, isso é saúde também. Quem vai querer ficar numa cidade cheia de buraco?

Precisa ter uma administração honesta, organizada, que tenha pessoas que pensem no povo. Se eu for falar tudo que tem de errado aqui, vou ficar falando muito tempo, porque vejo  muita coisa errada.

JI- As cirurgias são de responsabilidade do Estado, como vocês pretendem atuar em casos de pessoas que aguardam nas filas?

Dirce – A prefeitura tem que pagar a cirurgia e cobrar do estado. É a maneira mais fácil de atender pessoas que precisam de prioridade, elas não podem esperar. Por que não fazer e depois cobrar do estado? Eu vejo essa maneira mais fácil para não deixar as pessoas sofrendo.

JI – A sua formação é na área Contábil. Que  contribuição pode dar para ampliar a transparência e a prestação de contas na gestão pública?

Dirce – A primeira coisa a ser feita é uma auditoria. Fazendo uma auditoria, vai aparecer muita coisa errada, o povo vai ficar apavorado com as coisas que vão aparecer. Como administradora, com formação na área contábil, vejo que os números precisam aparecer.

Vamos fazer um governo com muita honestidade. Não quero sujar meu nome, sou uma empresária bem sucedida, não quero colocar em risco meu nome pela política. Nossa administração será muito bem feita, vou estar sempre cuidando para não ter nada de errado para que o povo consiga ver que somos honestos.

JI – O que é possível fazer para aumentar o engajamento da comunidade nas decisões e projetos da administração municipal?

Dirce – Vamos aumentar a participação e engajamento da comunidade nas decisões sobre prioridades e projetos da administração. A gente quer fazer um gabinete aberto, onde as pessoas possam chegar na prefeitura, tomar um cafezinho com a gente, conversar. Queremos ouvir as pessoas e saber quais são suas necessidades.

Também queremos retomar a parceria com o Ibiá para trazer de volta o Viva Bairro, trazer momentos de lazer para os fins de semana. Vamos colocar uma pessoa para ouvir as demandas. As pessoas vão se encontrar no evento e discutir o que precisa para o bairro.

JI – Qual sua mensagem final?

Dirce – Agradeço às pessoas que estão me ouviram. Não sou política, mas estou entrando para administrar para o povo e quero ser muito guerreira, quero fazer um trabalho muito bonito, muito honesto. Peço um voto de confiança a todos vocês.

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