NOVO PRESIDENTE, vereador Talis Ferreira fez o registro na DPPA e no MP
Em um de seus primeiros atos no retorno à presidência da Câmara, o vereador Talis Ferreira (Podemos) se reuniu com o departamento jurídico do legislativo para dar andamento à apuração do caso da denúncia de diploma falso apresentado pelo ex-secretário geral Odirlei Casagrande.
Conforme a secretaria da Câmara, pouco antes da interrupção dos trabalhos devido a enchente, foi recebida a resposta da escola em que constava o comprovante de escolaridade de Ensino Médio. Na resposta, a instituição confirmou que não se trata de um documento verídico, já que não tem a marca d’água e nem carimbo do MEC, além do nome da pessoa não constar como ter frequentado a escola. Portanto, o documento não tem veracidade pela instituição de ensino.
Na tarde de ontem, segunda-feira, 3, o vereador Talis Ferreira se dirigiu até a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), onde registrou ocorrência policial. Na ocasião, foi feito um registro de Falsificação de papeis/documentos públicos, comunicando que o suspeito relacionado na ocorrência possivelmente falsificou documentação apresentada para comprovar os requisitos necessários para o cargo ocupado de Secretário-Geral, durante o período de 2 de janeiro a 16 de abril deste ano. Por isso decidiu fazer a representação criminal. Talis informou que também protocolou a denúncia no Ministério Público. “Encaminhamos o caso para a Polícia Civil e Ministério Público para que façam a devida investigação. E vamos acompanhar de perto para saber como vão ficar os fatos”, destacou o vereador. “O fato será apurado pela 1ª Delegacia de Polícia de Montenegro”, declarou o delegado Paulo Ricardo Costa, titular da DPPA.
O presidente em exercício da Câmara durante o mês de maio, vereador Sérgio Souza (MDB), já tinha determinado que o caso fosse apurado. Na época, declarou que caso fosse comprovada a falsidade do diploma, seria aberta sindicância. E o ex-funcionário teria de devolver os salários que recebeu. Sérgio substituiu interinamente o presidente eleito da Câmara para este ano, Valdeci Alves de Castro (Republicanos), o qual nomeou Odirlei Casagrande como secretário-geral. Valdeci acabou renunciando ao cargo de presidente no mês passado, alegando problemas de saúde. E garantiu que desconhecia a falsidade do diploma.
Odirlei Casagrande, que trabalhou como secretário-geral por três meses, pediu exoneração em 16 de abril, alegando motivos particulares. Na época, garantiu que seu afastamento não era em razão da denúncia. “Em momento oportuno será esclarecido”, declarou, na ocasião.
Talis informou ontem que o cargo de secretário-geral será ocupado por André Luis Susin, que é servidor concursado da Câmara e já exerceu a função em outras ocasiões.