FINADOS. Visitação movimentou cemitérios de Montenegro nesse 2 de novembro
Assim como em todo o País, o Dia de Finados em Montenegro levou familiares e amigos aos cemitérios para prestarem homenagens aos entes queridos que já não estão neste mundo. A data foi marcada por recordações, saudades e demonstração de afeto. Nos maiores cemitérios da cidade, a movimentação foi constante ao longo da quinta-feira.
A data de 2 de novembro é um feriado respeitado no Brasil, com órgãos públicos e iniciativa privada fechados, dando tempo para que as pessoas honrem as memórias. Rosane Mendes é merendeira e, ao lado da família, aproveitou a ocasião para visitar as sepulturas do tio e da avó nos cemitérios Municipal e Evangélico Luterano de Montenegro. “É um momento para a gente lembrar daqueles que temos saudade”, diz Rosane sobre o Dia de Finados.
Recordações também mexeram com os sentimentos de Noemi Bagnara. “Vim ao cemitério em intenção aos meus pais e tio, que estão sepultados em Santa Catarina e no Paraná”, relata a dona de casa, que acendia velas na Cruz das Almas do Municipal. “Sinto muita saudade deles, minha mãe era uma grande amiga. Lembro que brincávamos na rua, jogando futebol. Sem falar da comida que ela fazia, até tento fazer igual mas não tem como”, sorri.
“Meu marido faleceu há 24 anos e ainda sinto saudades dele”, conta Nelci Veiga, logo após também acender velas em memória ao companheiro. “Ele sempre está no meu coração e pensamentos”, acrescenta.
Junto com a tia, a mãe e a prima, Rosana Cláudia de Azeredo Marques, visitou as sepulturas de familiares no Municipal. “É a primeira vez que vejo o cemitério tão organizado e limpo. A administração está de parabéns, temos que elogiar”, faz questão de destacar.
Preservando a história
A Associação Comunitária do Cemitério Faxinal recebeu uma visita que trouxe um presente especial neste Finados. Após restaurar as sepultas mais antigas que se tem registro, na parte católica do campo santo, onde encontram-se seus antepassados, Alexandre Silvestre Kranz foi para fazer uma entrega. Mauro Henrique Kray, presidente da Associação, recebeu a transcrição do manuscrito da ata de fundação do cemitério.
O bisavó de Alexandre, Henrique Kranz e seus irmãos João e Jacob, participaram daquele ato. “A gente quer preservar essa história para as próximas gerações. Entregar a transcrição no Dia de Fiados tem valor simbólico”, explica Alexandre.
Entusiasmado, Mauro destaca a importância do gesto. “O cemitério é um museu a céu aberto, precisamos preservar essa história”, avalia. No local estão sepultadas importantes figuras que contribuíram para Montenegro se tornar o que é hoje, entre eles, os primeiros imigrantes das família Kranz e Steigleder, incluindo os avós do ex-prefeito José Pedro Steigleder. A sepultura do fazendeiro e militar Appolinário de Moraes também é preservada no local.