Transporte. Linha das 22h40min foi desativada em 2022 devido ao prejuízo
A falta de ônibus noturno aos estudantes da Uergs a Porto Alegre teve Audiência Pública na Assembleia Legislativa, na manhã da quinta-feira, 11. O debate na Comissão Permanente de Segurança, Serviços Públicos e Modernização do Estado (CSSP) girou em torno do prejuízo que a Viação Montenegro (Vimsa) teve no horário das 22h40min; o direito Constitucional de acesso à Educação e ao Transporte Público e o papel do Estado na garantia destes direitos.
Ela foi proposta e comandada pelo deputado Matheus Gomes (Psol), e reuniu representantes da Reitoria, Metroplan, União dos Estudantes (UEE), professores e alunos do campus Montenegro. O parlamentar lamentou a ausência da Prefeitura Municipal, que teria sido convidada. Através de sua assessoria de imprensa, a Administração Municipal alega que não recebeu tal convite.
Coube à estudante de Artes Visuais Natália Reginatto abrir as falas, apontando um problema geral no serviço da Vimsa devido à redução de linhas. No caso dos alunos, a solução tem sido a carona. “Temos direito ao transporte! Não precisamos depender de boa vontade”, declarou.
Já o coordenador da Vimsa, Alcides Azevedo, assinalou que a empresa cumpre determinações do Poder Público, especialmente no que tange roteiros e horários. Recordou então que após reunião na Câmara de Vereadores, em agosto de 2022, a Metroplan determinou a retomada em caráter experimental da ‘linha da Uergs’. Após 30 dias o balanço foi de quatro a cinco passageiros por viagem e prejuízo de R$ 22.000,00 com cerca de 3.000 km/mês rodados. Assim, o órgão estadual deliberou por outra vês extingui-la.
O coordenador do Passe Livre Estudantil da Metroplan, Hélio Schreinert Filho, corroborou. Ele ainda argumentou que a baixa demanda no transporte estudantil ocorre em todo o estado; ampliado com a adoção do Ensino A Distância (EAD) na pandemia.
O encaminhamento final foi uma reunião do deputado e estudantes com a Metroplan, na segunda-feira, dia 15. Gomes defenderá o subsídio da linha a partir da Lei 15.908, sancionada em dezembro passado. Ela criou o ‘Programa Emergencial de Compensações do Serviço Público Delegado de Transporte Metropolitano Coletivo de Passageiros e dos Aglomerados Urbanos’; com aporte de R$ 100,8 milhões para atender as demandas das empresas na pandemia.