Cooperativas celebram o Dia de Cooperar neste sábado

Desenvolvimento local é impulsionado pelo cooperativismo

Comemorado sempre no primeiro sábado do mês de julho, o Dia Internacional do Cooperativismo, neste ano, será neste sábado, 1º. Junto da data ocorre, em nível nacional, o Dia de Cooperar (Dia C), uma iniciativa da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) que tem como propósito incentivar o movimento de voluntariado.
Atualmente, o cooperativismo está presente em diversos segmentos em Montenegro, desempenhando um papel importante na comunidade e impulsionando o desenvolvimento local. Muitas cooperativas exercem o papel transformador nas comunidades, estimulando o protagonismo das pessoas.

Sicredi Ouro Branco é referência no cooperativismo há mais de 40 anos
A história da Sicredi Ouro Branco RS teve seu início em 20 de agosto de 1981, quando 24 produtores rurais de Teutônia se uniram em prol de um trabalho que tinha por objetivo atender à demanda de captação e financiamento do setor primário. Reunidos em Assembleia Geral, eles fundaram a Cooperativa de Crédito Rural Ouro Branco – Crediouro e deram início a uma trajetória de superação e sucesso.

Após uma década de existência, no ano de 1992 a Cooperativa passou a integrar o Sistema Sicredi e a adotar esta marca em todas as suas agências. Com atuação local e iniciativas pautadas nos princípios do cooperativismo, a Cooperativa gera renda para a região por meio de soluções financeiras, reinvestindo os resultados nas comunidades em que está inserida.

A chegada ao Vale do Caí aconteceu em meados dos anos 2000, com a abertura das agências nos municípios de Montenegro e Brochier. Hoje são mais de 84 mil associados à Sicredi Ouro Branco e a Cooperativa conta com uma área de atuação com 21 municípios dos Vales do Caí e Taquari. No ano passado, teve início o plano de expansão para Minas Gerais, no Vale do Aço. O início deste movimento acontece no momento em que a Cooperativa chega à marca de mais de 80 mil associados. A primeira agência em solo mineiro está prevista para ser inaugurada na cidade de Ipatinga/MG, em julho deste ano.

Para o presidente da Sicredi Ouro Branco, Neori Ernani Abel, as cooperativas servem como um instrumento de desenvolvimento local, causando um impacto positivo nas comunidades onde estão inseridas. “Os recursos gerados pelas cooperativas são reinvestidos na região, oportunizando a geração de renda, além de promoverem ações sociais, educacionais e de desenvolvimento do cooperativismo”, conclui.

Cooperativa é esperança para moradores do bairro Estação
A formação de uma cooperativa de catadores de materiais recicláveis é razão de celebração para os moradores do bairro Estação. A união do grupo teve início no ano passado, quando 26 catadores passaram por uma formação ministrada através da Global Communities Brasil, com o apoio de diversas empresas.

Maria Janete Bernardes Francisco, atual presidente da cooperativa Estação Reciclar, conta que o projeto era um sonho antigo da comunidade. “A John Deere começou a investir na ideia e surgiram outros parceiros para apoiar o projeto. Hoje nós estamos com várias empresas parceiras, como Poker, Tanac, Biocitrus, Sicredi, Banco do Brasil e Lwart, além da John Deere”, afirma Janete.
Agora, os moradores aguardam a cedência de um terreno no bairro Estação pela Prefeitura de Montenegro, onde será construída a sede da cooperativa. “O prédio vai ter 600m², com escritório, sala de reuniões, refeitório e ainda vamos fazer um espaço para capacitação e oficinas. Essas oficinas vão atingir todo o bairro e até pessoas de fora”, comenta Janete. O valor para a obra virá das empresas parceiras.

A criação da cooperativa trouxe uma nova perspectiva para os moradores do bairro. “Vai melhorar muito, porque a gente não vai precisar estar na rua catando, dependendo do clima. Como é uma cooperativa, nós vamos ser os sócios, então é uma oportunidade de mudarmos de vida”, pontua a catadora Pedrolina da Silva. Além de beneficiar os moradores, Pedrolina avalia que o projeto também será positivo para toda a cidade. “Os comércios vão ter mais lucro, porque vamos ter mais renda. Também vamos ter a reciclagem dos resíduos de vários bairros”, conclui.

Cooperativismo também está presente na educação
Com o apoio da cooperativa Sicredi Ouro Branco, o projeto cooperativas escolares é desenvolvido em três escolas do município. As assembleias de fundação aconteceram em junho do ano passado, após professores e alunos passarem por uma formação. A primeira instituição a fundar a sua cooperativa foi a EMEF Pedro João Müller, de Costa da Serra.
No último dia 22 de junho, a CooPJM, cooperativa escolar da Pedro João Müller, completou um ano. A professora Caroline Boos de Paula é a responsável pelo projeto na instituição. “Nós desenvolvemos o trabalho com alunos do 6º ao 9º ano, sempre nas terças-feiras, no contraturno escolar. Hoje nós temos 25 alunos que são cooperados, mas queremos ampliar esse número”, pontua Caroline.

Conforme a professora, o projeto fomenta questões relacionadas a liderança, autonomia, proatividade, entre outras habilidades. “A partir desse trabalho surgem os objetos de aprendizagem, uma construção que a gente faz com eles em um todo. Então os alunos têm vários projetos que estão dentro do plano de gestão e vão colocando em prática ao longo do ano”, afirma Caroline.
A aluna Karine Müller, 14, relata que aprendeu mais sobre o cooperativismo e desenvolveu novas habilidades participando do projeto. “A gente consegue reconhecer as nossas habilidades, se autoavaliar e melhorar o nosso trabalho em grupo”, diz. Já a estudante Luísa Wirth Quevedo, 13, diz que o projeto contribuiu com o desempenho em sala de aula. “Na hora de ler um texto na frente dos colegas a nossa comunicação está muito melhor”, avalia.

Para o Dia de Cooperar, os estudantes prepararam uma ação de solidariedade. “Estamos arrecadando agasalho e produtos de higiene limpeza. Os agasalhos vamos destinar para alunos aqui da escola mesmo, e os produtos de higiene e limpeza para as pessoas que foram atingidas pela enchente. As entregas vão até o dia 11 de julho, aqui na escola”, relata a aluna Emilly de Oliveira da Silva, 14.

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