Colégio Paulo Chaves reúne 52 trabalhos em mostra científica

Alunos tiveram que reconstruir trabalhos após enchente de junho

Em junho deste ano, na semana em que realizaria a sua I Mostra Científica, o Colégio Estadual Engenheiro Paulo Chaves, de Maratá, foi atingido por uma enchente durante a passagem de um ciclone. A perda de muitos trabalhos de alunos e outros prejuízos impediram a realização da mostra, que pode ser realizada somente nesta terça-feira, 19.

A vice-diretora, Luana Rech Kerber, conta que foram necessários cerca de dois meses para os trabalhos serem refeitos pelos estudantes. “Com o tema sustentabilidade e tecnologia para transformar, os alunos escolheram os seus projetos de pesquisa. Eles desenvolveram o problema, a metodologia e depois, em cima disso, foram achando os resultados para montar o projeto de pesquisa”, explica.

Camila e Ariane desenvolveram tintas sustentáveis feitas de terras, temperos e especiarias

No total, a mostra contou com 52 trabalhos de alunos do ensino fundamental e médio. Segundo Luana, a iniciação científica é trabalhada na instituição desde as séries iniciais, com o objetivo de desenvolver o hábito da pesquisa e o pensamento crítico. “Com isso, a gente consegue trabalhar nas séries finais e no ensino médio com muito mais facilidade o trabalho científico. É visível o avanço deles, por isso nosso ensino médio foi um dos que mais recebeu premiações em mostras científicas”, aponta a vice-diretora.

Guilherme Moraes Scherer, 11, Lara Andrieli Lerner, 11, e Enzo Gabriel Schmitz, 10, do 5º ano, realizaram o seu projeto científico sobre o desperdício. “A gente olha que tem bastante desperdício em escolas, um deles é a água, quando deixamos a torneira ligada”, enfatiza o estudante Guilherme. Ele destaca que a oportunidade de apresentar o trabalho para o público e avaliadores foi muito legal. “Aprendemos bastante coisa, como não desperdiçar tanta comida e não deixar a torneira ligada”, diz.

Já as jovens Camila Reidel, 15, e Ariane Vier, 14, do 9º ano, escolheram realizar a sua pesquisa sobre tintas caseiras sustentáveis. “As tintas que podem ser feitas para uso artístico, em qualquer tipo de artesanato. Elas não vão agredir o meio ambiente e a nossa saúde, além de não causar alergias. Algumas são feitas de terras, temperos e com algumas especiarias, até mesmo com carvão”, conta Ariane.

Guilherme, Lara e Enzo realizaram seu trabalho sobre o desperdício

As tecnologias na agricultura e os seus impactos no meio ambiente despertaram a curiosidade dos alunos José Ramon da Motta, 15, e Brayan Rafael da Rosa, 14, do 9º ano. Os estudantes pesquisaram sobre os conceitos que levaram ao avanço da tecnologia na agricultura e como o uso dos maquinários está degradando o meio ambiente. “Esse assunto foi escolhido por estar presente na nossa cidade e região. A finalidade é mostrar que os novos equipamentos agrícolas, mesmo sendo muito tecnológicos, prejudicam o meio ambiente”, aponta José.

Além de pesquisas em sites especializados em agricultura, José e Brayan entrevistaram agricultores do município sobre o tema e elaboraram uma maquete simulando o preparo da terra para o plantio. “Como resultado, descobrimos que as novas máquinas foram implantadas com o intuito de ajudar o agricultor a plantar e colher de uma forma muito rápida e eficiente. Mas esses maquinários não têm uma preocupação muito grande com a questão ambiental”, conclui Brayan.

A divulgação dos trabalhos vencedores da I Mostra Científica do o Colégio Estadual Engenheiro Paulo Chaves será nesta quinta-feira, 21. Os 52 projetos expostos concorrem nas categorias ensino fundamental séries iniciais, ensino fundamental séries finais e ensino médio. Todas as categorias receberão medalhas de 1°, 2° e 3° lugar.

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