G.E. MUNICIPAL e E.C. Renner tiveram suas sedes invadidas pela água
Mesmo que a água do Rio Caí não tenha baixado por completo e o lodo ainda esteja acumulado no gramado e nas arquibancadas, dois dos clubes mais tradicionais de Montenegro já buscam um novo recomeço. Os prejuízos ainda são incalculáveis, mas G.E. Municipal e E.C. Renner prometem voltar mais fortes, após mais uma enchente levar parte da história das duas instituições montenegrinas.
O campo do Renner até não foi tão afetado, mas a sede do clube foi tomada pela cheia histórica do início deste mês. O trabalho para contabilizar as perdas e recolocar as coisas em seus devidos lugares começou na última semana, mas teve que ser interrompido pelo repique da enchente. Com o recuo do nível do Rio Caí nesses últimos dois dias, os trabalhos puderam recomeçar. A força da água derrubou geladeiras, mesas, cadeiras e muitos utensílios.
Já no G.E. Municipal, a sede do clube ficou praticamente submersa com a enchente do começo de maio. De acordo com Alex Gonçalves, o Leleco, coordenador do Municipal, o nível da água atingiu 2,30 metros na parte interna da sede. Uniformes do projeto Olé foram perdidos, assim como alguns equipamentos utilizados para treinamentos e jogos.
“Nós levantamos todas as coisas como precaução. Levantamos 60 centímetros a mais do que subiu água em novembro. Mas chegou a dois metros e 30 centímetros de água dentro da sede. Derrubou tudo, foi tudo pro chão. Foi água até o telhado da casa aqui ao lado do clube, onde tínhamos algumas coisas também. Perdemos muitos materiais”, lamenta Leleco.
Ainda na tarde dessa quinta-feira, 16, boa parte do gramado estava alagado. Nos pontos em que a água já havia baixado, o lodo tomou conta, inclusive no acesso às arquibancadas e à sede. Por questões financeiras, o G.E. Municipal não conseguirá trocar a grama, que levará bastante tempo para estar em condições de receber uma partida novamente. “Não temos condições de trocar o gramado, é muito dinheiro”, pontua Leleco.
“Vamos voltar mais fortes”, garante Leleco
O recomeço do Municipal começou pela sede, que já está limpa e organizada após uma força-tarefa realizada pelos líderes do projeto. Inclusive, inicialmente os treinos serão na parte interna do local. “Vamos dar treino dentro da sede por enquanto, porque não tem outro lugar. A criançada não pode ficar só em casa. Isso vai ser ruim para todo mundo, a parte psicológica da população está muito abalada. Teremos que fazer um trabalho forte em cima disso”, declara Leleco.
Apesar dos prejuízos causados pelas últimas enchentes, desistir não é uma opção, enfatiza o coordenador do Municipal. “Vamos voltar e vamos voltar mais fortes. Todo obstáculo que a gente tem na vida, é para nos tornar mais fortes. Não podemos desistir”, completa.
Clubes sociais seguem sem jogos
O Clube Riograndense também teve sua estrutura atingida pela cheia do início deste mês. Inclusive, a diretoria havia marcado a inauguração da quadra society para o dia 1° de maio, mas precisou adiar em decorrência da enchente histórica. A nova data ainda não foi definida.
Já o Cantegril e o Grêmio Gaúcho não tiveram prejuízos em suas sedes, mas os campos permaanecem encharcados e sem condições de jogo. Internamente, os dois clubes promovem ações para minimizar os prejuízos dos associados que foram afetados pelas cheias. Como não poderia ser diferente, o futebol, neste momento, é segundo plano em Montenegro e em todo o Rio Grande do Sul.