Cigarro é risco ao fumante, sua família, seus amigos

Dia Nacional do Combate ao Fumo alerta para os riscos gerais do vício

Dados levantados por órgãos de saúde apontam diminuição de mais de 50% número de fumantes no Brasil, desde 2006. Mas médicos apontam que este índice também mascara a realidade do tabagismo ainda matar 443 pessoas por dia no país, especialmente porque, de acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), o uso do cigarro é responsável por 90% das mortes por câncer de pulmão.

“O espectro de riscos à saúde decorrentes do tabagismo é muito mais amplo e abrangente do que podemos imaginar”, comenta o médico Rodrigo Silveira de Miranda, otorrinolaringologista do Hospital Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO), e maior referência do segmento na América Latina. Ela salienta o comprometimento cardiovascular e respiratório pelo uso crônico de cigarro, motivador de doenças como enfisema, infarto e AVC.

Com o objetivo de reforçar ações nacionais de sensibilização e mobilização da população, voltadas para os danos sociais, políticos e ambientais causados pelo tabaco, anualmente em 29 de agosto é celebrado o Dia Nacional do Combate ao Fumo. Um vício que prejudica também as pessoas que estão ao redor, como fumante passivo.

Fumantes passivos em maior risco
Miranda salienta que o fumante passivo está muito mais suscetível a doenças respiratórias agudas do que o ativo, que tem o corpo condicionado à inalação da fumaça. Ele ressalta que as crianças com pais tabagistas, mesmo que não fumem no mesmo ambiente, têm índices consideravelmente maiores de bronquite, otites e sinusites. “Filhos de pais fumantes, mesmo que não estimulados a fumar, estatisticamente desenvolvem o hábito do tabagismo na juventude e idade adulta”, confirma.

Outro grupo de risco são as grávidas. O médico explica que gestantes que fumam, ou são expostas passivamente, apresentam risco infinitamente maior de aborto, de terem filhos prematuros e com más formações físicas ou mentais. Ele finaliza afirmando que o abandono do vício também resgata o convívio social saudável, já que o cigarro é malcheiroso e desagrada as pessoas. “Além de estar fora de moda, você já parou para pensar em quanto já gastou e ainda vai gastar com cigarros?”, completa o especialista. (informações P+G Comunicação Integrada)

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