Das pelo menos 90 mortes confirmadas no Rio Grande do Sul em decorrência do grande volume de chuva, seis foram no Vale do Caí. Ainda existem mais de 130 desaparecidos.
Um dos óbitos foi por afogamento. A de Celomar Avila de Oliveira, conhecido como “Negrinho”, de 68 anos, em Montenegro. Ele teria caído do cavalo na enchente quando recolhia o gado na altura do bairro Olaria, terça-feira da semana passada. O corpo foi localizado na sexta-feira por um PM que fazia buscas com jet-ski.
Outro afogamento na enchente aconteceu em Bom Princípio. A Polícia Civil confirmou nessa terça-feira, 7, como sendo de Geison Tiago Maceg, de 38 anos, o corpo encontrado na tarde da última, sexta-feira, 3, junto a um pomar de limões, na localidade de Bela Vista, na margem do rio Caí. Familiares informaram que ele morava debaixo da ponte da Bela Vista e que costumava ser visto recolhendo materiais recicláveis. Também já esteve em tratamento contra a dependência química do álcool e drogas. O sepultamento aconteceu ontem, terça-feira, em São Sebastião do Caí.
QUATRO MORTES EM DESLIZAMENTOS
Outras quatro pessoas foram vítimas de soterramentos em deslizamentos. Um dos casos ocorreu em Salvador do Sul na terça-feira da última semana, na localidade de Linha Cangerana. Três casas foram atingidas pelo desmoronamento. João Pedro Duarte Vieira, de 71 anos, e Rodrigo de Vila Nunes, de 47 anos, foram encontrados sem vida sob os escombros. Outros dois homens ficaram feridos e foram encaminhados ao hospital.
E em São Vendelino, pai e filho morreram em um deslizamento ocorrido também na terça-feira da semana passada, na margem da ERS-122. O corpo de Wagner Oliveira, de 22 anos, foi localizado na sexta-feira, 3, e o de seu pai, José Adair Oliveira, 47 anos, no dia anterior. Eles chegaram a avisar vizinhos que o morro estava começando a ceder, mas quando foram tratar animais ocorreu o deslizamento.