Sem acesso e com água imprópria para banho, o Baixio deixa de ser opção de lazer para a comunidade no calor
Em Montenegro não haverá opção para a população se refrescar durante a estação mais quente do ano. Isso porque o Balneário Municipal Afonso Kunrath, o Baixio, passa por uma série de problemas que impossibilitam sua abertura ao público. Os transtornos começam no acesso ao local, passando pela falta de ecônomo até chegar nas condições da água do Rio Caí, apontadas como impróprias para banho, por um laudo técnico. Os cidadãos reclamam da situação e afirmam que se a Administração Pública quisesse, resolveria o problema.
Sem ecônomo já há alguns meses, o Baixio encontra-se em situação de abandono. Os banheiros foram praticamente destruídos. A sombra da área externa do prédio principal, onde funcionava o bar, é aproveitada por cavalos. Os animais também são encontrados facilmente ao longo do restante do terreno. Parte dos quiosques e churrasqueiras estão quebrados, o que comprova o lamentável estado daquele que já foi um dos pontos mais procurados na cidade durante os meses de Verão.
Na entrada do balneário, uma placa adverte os banhistas sobre a falta de baneabilidade. Mas nem precisaria, pois para chegar lá só se for a pé ou pedindo licença para passar por uma propriedade particular. Desde que a ponte junto ao cais desmoronou, não há como passar com veículos pela estrada que leva ao balneário.
Para o aposentado Osório Lima, 73 anos, o Baixio poderia ser utilizado para outras finalidades, além do acesso às águas. Além disso, ele não sabe porque proibir os banhos no balneário se a poucos quilômetros dali, no Porto das Laranjeiras, muitos banhistas continuam se refrescando nas águas do Caí. “É uma pouca vergonha aquilo ali fechado. As pessoas poderiam ir lá para fazer seu churrasquinho, não precisam entrar na água. Tem que abrir amanhã, não esperar anos. Se fosse no Japão tudo já estaria pronto, agora aqui, é dois, três anos pra arrumar. Ou nunca mais, se for esperar pela Prefeitura para arrumar. Eu acho que nunca mais vão arrumar essa ponte.”
Mauro Tarantola, 63 anos, diz que as providências em relação ao balneário deveriam ter sido tomadas antes da chegada do Verão. “É um problema do Município que não vejo solução a curto prazo. As pessoas poderiam aproveitar a sombra daquele local pra laser. A população precisa, tendo um rio tem que ter um balneário”, conclui.
Prefeitura informa que não há previsão para solução
De acordo com a assessoria de comunicação (Acom) da Prefeitura local, a secretaria municipal de Gestão e Planejamento não tem previsão de solução para a recuperação da ponte, pois há necessidade de liberação de recursos já solicitados pela Administração.
Foi informado ainda a necessidade de adequações para o espaço. E quanto a balneabilidade, não há previsão de liberação. Com isso, a saída para os veranistas será “partir” em busca de outras fontes para se refrescar.