PREFEITURA diz que interdição dos coletivos visa a segurança dos alunos
Cerca de 144 estudantes de escolas municipais de Montenegro ficaram sem veículos para deslocamento. O fato ocorre desde a última sexta-feira, 18. Conforme a Administração Municipal, a empresa Reativa, uma das que presta serviços de transporte escolar para a Prefeitura de Montenegro, teve cinco coletivos interditados devido a problemas que poderiam comprometer a segurança dos alunos.
São afetados estudantes das escolas Militão José de Azeredo, de Serra Velha; Carolina Augusta Kochenborger, de Bom Jardim; Jacob Haubert, de Sobrado; e Pedro João Müller, de Costa da Serra. Alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e do Ensino Médio transportados pelo Município também são atingidos pela falta de ônibus. Segundo a assessoria de comunicação da Prefeitura, o processo foi desencadeado por reclamações dos familiares, a partir do que ouviram dos filhos. Com isso, a Administração montou uma comissão formada por um engenheiro mecânico, profissionais da oficina e do Controle Interno. Apesar dos coletivos terem certificado de aprovação do Inmetro e autorização do Detran para circular, diversos problemas teriam sido identificados.
De acordo com a secretária municipal de Educação, Ciglia da Silveira, na sexta-feira, a empresa foi notificada e recebeu um prazo de dez dias para providenciar as adequações apontadas. “À medida em que os consertos ocorrerem, os ônibus serão vistoriados e liberados”, explica. Há possibilidade, portanto, de voltarem a circular antes do limite expirar.
Conforme a SMED, os adultos do EJA passaram a ser conduzidos, nesta terça-feira, por um ônibus escolar do Município. Já os estudantes da rede municipal poderão recuperar as aulas em outro momento. “Alguns estão sendo levados à escola pelas próprias famílias”, completa Ciglia. Para a titular da SMED, apesar dos transtornos momentâneos causados pela interdição, a medida foi necessária. “Não podemos expor nossas crianças a risco. Temos certeza de que foi a decisão certa.”
Conforme a Administração Municipal, o fato de os coletivos não estarem em plenas condições de uso também sujeita a empresa a penalizações por quebra de contrato. Esta avaliação será feita na sequência, com a adoção das medidas previstas em lei.
A reportagem tentou contato via telefone com a empresa Reativa, mas as ligações caíram na caixa de mensagens. O número fixo da empresa não chama.