ESTÚDIO IBIÁ recebeu Fabrício Coitinho para falar sobre o trabalho realizado
O Polo da Química, no Distrito Industrial de Montenegro, tem se destacado nos últimos anos pelo seu diferencial logístico e de infraestrutura. Um grupo de trabalho, formado por integrantes do Polo Petroquímico, das prefeituras de Montenegro e Triunfo, Associação Comercial e Industrial de Montenegro/Pareci Novo (ACI) e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado, tem reuniões mensais para tratar de demandas para atrair novos investimentos e manutenção das empresas já instaladas. Para falar sobre as ações desenvolvidas pelo grupo, o Estúdio Ibiá dessa terça-feira, 30, recebeu o vice-presidente de Indústria, Comércio e Prestação de Serviços da ACI, Fabrício Coitinho.
Segundo Coitinho, uma das principais demandas tratadas no grupo diz respeito à atração de novos investimentos. “É uma área preparada e organizada, com toda a infraestrutura para que novas empresas possam se instalar. Uma das partes do nosso trabalho é apresentar para as empresas o que a gente tem de diferencial com relação a outras regiões do Estado ou até do País”, afirma. Ele destaca que a localização privilegiada, com acesso as principais regiões do Estado, fazem do Polo da Química um dos locais mais atrativos do Rio Grande do Sul. “O nosso Distrito Industrial tem uma infraestrutura já pronta, com água, luz, internet e gás natural. Temos o Terminal Santa Clara, estamos próximos de ferrovia, próximo da Capital e com acesso para muitas regiões. Então fica muito mais fácil para as empresas virem se instalar aqui”, pontua.
Durante as reuniões do grupo de trabalho a ACI também tem buscado levar demandas das empresas já instaladas no local. Coitinho afirma que no encontro que aconteceu neste mês foram solicitadas ao governo do Estado melhorias nos acessos e na limpeza de locais onde existe sinalização. Outro ponto discutido foi a formação de mão de obra. “As empresas precisam de cursos, como os técnicos, que se aproximem mais das novas tecnologias e sejam atualizados. Isso é um suporte que a Secretaria de Educação pode dar”, diz Coitinho.
A celeridade no licenciamento ambiental também é um tema recorrente nas reuniões. Coitinho aponta que recentemente uma grande empresa deixou de se instalar no local devido à demora do processo. “Ninguém questiona o rigor da liberação ambiental, mas a gente pede agilidade nesse processo. Nós perdemos uma empresa que estava com protocolo de intenções para vir se instalar no nosso Distrito Industrial e acabou indo para o Nordeste, porque lá o processo de liberação ambiental foi muito mais rápido”, relata.
Atualmente uma das principais barreiras para a tração de novas empresas é a questão tributária. De acordo com o vice-presidente de Indústria, Comércio e Prestação de Serviços da ACI, estados vizinhos têm sido mais atrativos para novos investimentos devido à adoção de alíquota diferenciada de ICMS. “Aqui no Estado temos uma alíquota maior do que em de Santa Catarina. Isso acaba fazendo com que as empresas optem por ir se instalarem lá”, afirma.
Coitinho revela que as demanda de infraestrutura são aceitas com mais facilidade pelo Estado, mas a questão tributária hoje é um grande desafio. “Então o que nós estamos pleiteando é uma tributação diferenciada para as empresas que se instalarem no Polo da Química, visando a atração de novos investimentos”, finaliza. A próxima reunião do grupo de trabalho está prevista para o fim de fevereiro.