Abertura simbólica para valorizar os citricultores

Pomar da família Forneck dá esperança de recuperação para todos

A catástrofe climática que se abate sobre o Rio Grande do Sul alterou muitos planos, cancelou eventos e mudou o rumo de vidas; com prejuízos imediatos que somam bilhões de Reais e contas a pagar que se estenderão por anos. Afetou os cidadãos das cidades e também aqueles do campo, onde os danos serão percebidos por todos os gaúchos, no mínimo, até 2025. No Vale do Caí a citricultura ainda não conseguiu iniciar a recuperação dos pomares, onde alguns perderam 100% da safra deste ano.

Enquanto busca apoiar seus produtores, a Administração Municipal de Pareci Novo resolveu marcar a abertura da colheita da fruta que leva o nome da cidade. Assim realizou uma visita rápida na tarde de segunda-feira, dia 1º, aos pomares da família Forneck, em área na localidade de Despique que não foi inundada em maio. “O município foi muito atingido, mas não queríamos deixar passar o momento, pois a Bergamota Pareci é de suma importância e com grande produção”, explicou o vice-prefeito Fabio Schneider.

Ele esteve acompanhado pelo secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Jefferson Gonçalves, e o fiscal da pasta, Alisson Schons; e pela secretária de Turismo e Desporto, agora interina da Administração, Júlia Braga.

José Edvino iniciou os pomares que hoje são premiados

Frio vai equilibrar o restante da safra
Foi feita uma colheita simbólica ao lado dos agricultores, seguida de um agradecimento. Os representantes do Município também ouviram o apelo dos cidadãos para que seja levada água potável ao Despique, pois hoje a família paga por um abastecimento vindo da cidade limítrofe de Harmonia.

Em 15 hectares, três gerações cultivam todas as variedades de bergamotas, laranja e limão Taiti. Ao lado do patriarca José Edvino Forneck estão sempre seus filhos Nestor José e Cleiton Fabiano, e os netos – filhos de Maristela – Geovane e Júnior Vinicius Schuh. Eles lamentam a má sorte dos colegas de profissão, sentindo-se privilegiados por registraram apenas queda nas variedades Caí e Ponkan (20%) devido à alta umidade.

Agora o frio está recuperando a qualidade das frutas, e a projeção total de colheita em 2024 é 7.000 caixas (175.000 quilos); sendo cerca de 1.900 apenas da Pareci. Neste momento de crise, restou ao menos um preço mais justo pela fruta, que partiu de R$ 70,00 a caixa. Segundo Cleiton, este valor é o dobro do preço final da Caí e acima do R$ 67,00 pagos na abertura da safra 2023 de Bergamota Pareci

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