As aulas iniciaram nas escolas estaduais de Montenegro com um problema antigo: a falta de professores, merendeiras e profissionais de limpeza. A situação se repete em 10 instituições de ensino. Sem professores, os alunos ainda não estão tendo todas as disciplinas que deveriam e terão que recuperar o conteúdo assim que o Estado contratar os profissionais.
No Colégio Estadual Ivo Bühler, o Ciep, no bairro Senai, faltam professores para o ensino fundamental nas disciplinas de Ciências, Matemática, Português, Cultura Digital e Projeto de Vida. “Como a escola é de turno integral, os professores devem ter 40h, então é mais complicada a contratação, porque muitos trabalham em escolas do Município e só podem cumprir cargas horárias de 20h”, explica o diretor, Samuel Borges. A situação não é diferente na EEEF Adelaide Sá Brito, que fica no bairro Santo Antônio. A diretora, Tatiana Araújo, diz que há falta de professores para as disciplinas de Matemática, Projeto de Vida, Ensino Religioso e professor de currículo.
Já na EEEF Dr. Jorge Guilherme Moojen, no Zootecnia, desde o início do ano todas as turmas do ensino fundamental estavam com falta de professor de Língua Inglesa, que foi contratado pelo Estado e iniciou as aulas na última quarta-feira, 20. A diretora, Simone Nunes, afirma que o grande problema agora é a falta de merendeira. “A empresa terceirizada da alimentação ainda não iniciou os serviços neste ano, afetando a merenda escolar. Então a vice-diretora e outros profissionais da escola estão tendo que ir para a cozinha para não deixar os alunos sem merenda. A gente vai fazendo o que pode para eles não ficarem sem a alimentação”, comenta.
A falta de profissionais também se repete na EEEF Adão Martini, na Vendinha. A diretora, Anne Priscila Nunes Maciel, relata que não há merendeira, orientadora educacional e professores de História, Geografia e para o 3° ano do ensino fundamental. A falta de merendeira também é problema na EEEF Delfina Dias Ferraz, no Centro, onde a solução encontrada foi colocar profissionais que atuam na limpeza para não deixar os alunos sem a alimentação, conforme relata o diretor, João Moreira.
Na EEEF TANAC, do bairro Tanac, o problema é a falta de professor de Atendimento Educacional Especializado e monitora para dois alunos de inclusão. Faltam também orientadora pedagógica e merendeira. “Os dois alunos com deficiências estão faltando, pois necessitam de ajuda constante. Inclusive já encaminhei relatório para o Conselho Tutelar”, afirma a diretora, Jakciane Pasini. Já no Colégio Estadual Dr. Paulo Ribeiro Campos, o Polivalente, localizado no bairro Timbaúva, existe a falta de professor da área de linguagens para o turno da noite.
A EET São João Batista, no Centro, sofre com a falta de profissionais na área da eletrotécnica, professores do ensino médio, funcionários na limpeza, secretária e merendeiras. Não há professores para o 1º e 2º ano do ensino fundamental na EEEF Osvaldo Brochier, na localidade de Santos Reis. O Colégio Estadual AJ Renner tem a falta de merendeira e profissional de limpeza.
A reportagem também entrou em contato com as escolas Januário Corrêa, José Garibaldi, Yara Ferraz Gaia, Manoel de Souza Moraes, Cel. Álvaro de Moraes e Aurélio Porto, que relataram estar com o quadro de profissionais completos. Até o fechamento dessa matéria, não houve retorno aos questionamentos enviados à Secretaria Estadual de Educação sobre a falta de profissionais nas instituições da rede estadual de ensino.