Apoio a pesquisas e tecnologias ocorreu através de parceria com o Banrisul, no total de R$ 10 milhões
As universidades federais do Rio Grande do Sul estabeleceram parcerias que permitiram ampliar em laboratórios e hospitais a capacidade de testagem de amostras suspeitas de conter o novo coronavírus. Até o início do mês passado, o Instituto de Ciências Básicas da Saúde (ICBS) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) contabilizava a realização de quase 35 mil testes tipo RT-PCR para a prefeitura de Porto Alegre e para o Laboratório Central de Saúde Pública do RS (Lacen).
Através da doação de um extrator automático de RNA (ácido ribonucleico, o material genético do vírus) feito pelo Banrisul à Universidade Gaúcha foi possível ampliar a capacidade de testagem do material em quase dez vezes — de 80 amostras/dia para até 896/dia —. “As pessoas nos agradecem por estarmos prestando esse serviço à sociedade. O equipamento ajudou a ampliar a capacidade de testagem na cidade de Porto Alegre.”, destaca a diretora do ICBS, Ilma Brum da Silva.
Para a Fundação Universidade do Rio Grande (FURG), no sul do Estado, o extrator de RNA doado pelo Banrisul ao Hospital Universitário, que é 100% SUS, permitiu dobrar a capacidade diária de exames — de 100 para 200/dia. Com o equipamento, são processadas 32 amostras em 30 minutos. Antes o mesmo volume de amostras levava em torno de duas horas.
Apoio para amenizar os efeitos da pandemia
As doações dos equipamentos pelo Banco fazem parte de um plano de aquisição de bens e serviços de até R$ 10 milhões, com o objetivo de amenizar os efeitos da pandemia no Rio Grande do Sul. “Por meio desse apoio financeiro, a instituição oportuniza o fortalecimento da pesquisa e inovação”, diz o presidente do Banrisul, Cláudio Coutinho.
A Instituição também apoiou a continuidade da Pesquisa Epidemiológica de Prevalência do coronavírus no Rio Grande do Sul (EPICOVID-19), doando R$ 560 mil para a execução da sétima e oitava etapas do levantamento — ocorridas em agosto e setembro. Com coordenação da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e do Instituto Pesquisas de Opinião (IPO), o projeto busca monitorar a velocidade de expansão da doença, direcionando políticas e ações públicas e privadas no controle da Covid-19. O trabalho mobiliza 13 universidades do Estado.