O governo do Rio Grande do Sul informou ainda na noite de segunda-feira, 12, a orientação para os municípios reduzirem de 12 para 10 semanas o intervalo entre as duas doses da Oxford/Fiocruz e da Pfizer/Biontech. Após formalização do Estado nesta quarta, Montenegro realiza nesta quinta-feira, 15, a vacinação na Estação da Cultura das 8h às 22h, sem interrupção, para aplicação da segunda dose. No local, também estará disponível o reforço da Coronavac/Butantan. A Secretaria Municipal de Saúde não tem mais vacinas para continuar a imunização contra a Covid-19 por faixas etárias.
De acordo com a secretária Municipal da Saúde, Cristina Reinheimer, a aceleração da aplicação da dose 2 visa garantir maior proteção à comunidade contra a chamada “variante Delta” do coronavírus. Estudos indicam que, contra ela, a proteção é muito mais efetiva para aqueles que já completaram o esquema vacinal. “O atendimento à noite é mais uma forma de facilitar o acesso da população, já que muitos trabalham durante o dia e teriam de faltar ao serviço ou aguardar pelo fim de semana”, ressalta.
Para saber se já chegou o momento de tomar a segunda dose das vacinas Oxford/Fiocruz e Pfizer/Biontech, basta “recuar” 14 dias na data assinalada no cartão de vacinação. Assim, quem deveria receber o reforço somente no dia 28 de julho já pode ir à Estação nesta quinta-feira.
Outra mudança que passa a valer nesta quinta-feira diz respeito às mulheres que estão amamentando. A partir de agora, podem receber a vacina aquelas que tiveram filhos a até 11 meses e 29 dias. Elas devem comparecer à sede da Vigilância Sanitária, na Rua Coronel Antônio Inácio, das 8h às 16h. No mesmo local, continua a imunização de gestantes e puérperas.
Sociedades médicas recomendam manter segunda dose em 12 semanas
A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) emitiram nessa terça-feira, 13, uma nota técnica conjunta em que se posicionam contra a decisão de reduzir de 12 para oito semanas o intervalo entre as doses das vacinas Oxford/AstraZeneca e Pfizer.
As duas sociedades médicas defendem que “o número de mortes e hospitalizações que serão evitadas caso mais pessoas recebam a primeira dose, em especial em um cenário de estoques de vacinas limitados, supera substancialmente os eventuais prejuízos acarretados pelo prazo estendido”.
“É evidente que, num cenário em que não houvesse estoque limitado de doses, a estratégia de postergar a segunda dose das vacinas poderia ser reavaliada, no entanto, infelizmente, este não é o caso do Brasil e de muitos outros países neste momento”, diz a nota. As sociedades médicas apresentam estudos realizados na Escócia, na Inglaterra e no Canadá, que mostram que a primeira dose dessas duas vacinas já teve impacto nas hospitalizações e mortes por Covid-19.