Equipamento de proteção individual deve ser colocado em sacola separada e bem amarrada
Há mais de um ano a pandemia do novo coronavírus vem gerando impactos em diversos aspectos do cotidiano. Integradas ao vestuário de muitas pessoas, as máscaras são itens essenciais para prevenir a disseminação da Covid-19. Porém, além de saber usá-las de maneira adequada, a população necessita fazer o descarte correto de máscaras que não são reutilizáveis, uma atitude importante para a saúde de todos e que também ajuda a preservar o planeta.
É estimado que o TNT, material usado em algumas máscaras descartáveis, leva de 400 a 450 anos para se decompor na natureza. Já as máscaras cirúrgicas, por exemplo, não se decompõem facilmente por terem em sua composição o polipropileno, material usado na fabricação de embalagens.
Segundo a enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Patrícia Barros, como não há uma coleta especial para lixo contaminado nas residências – assim como em estabelecimentos de saúde –, é recomendado que todos coloquem a máscara em uma sacola separada, bem amarrada, e joguem no lixo do banheiro. “Se o pessoal do lixo for ter contato está dentro do saco, e ele não terá contato direto com a máscara”, diz.
Além disso, a enfermeira Danieli Vieira, Coordenadora Serviço de Controle de Infecção Hospitalar e o analista de Gestão Ambiental Bruno Bondan Kratz, ambos do Hospital Unimed Vale do Caí, explicam que o material não deve ser misturado junto com resíduos recicláveis. “Pois estes são manipulados por recicladores e podem consequentemente contaminar essas pessoas, caso exista presença de secreções na máscara com partículas do vírus”. Ela ressalta que é preciso lembrar que a máscara é objeto contaminante, por isso, todo cuidado é pouco. “O vírus fica vivo no tipo de material plástico ou papel até cinco dias, e se tu põe no descarte comum além de tu estar contaminando as outras coisas que estão no lixo, tu ainda pode contaminar o lixeiro que está recolhendo”, comenta Patrícia.
Além disso, o descarte de máscaras no chão, como qualquer outro dejeto, traz um risco enorme para o meio ambiente. Pode sujar os lençóis freáticos, os rios, e entupir canais, causando alagamentos.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação, Limpeza Urbana e Áreas Verdes (Conascon) também recomenda à população que os itens utilizados e descartados por pessoas diagnosticadas com a doença sejam guardados e armazenados a parte, possivelmente com uma identificação própria como uma fita vermelha.
Como fazer:
1. Lave as mãos antes de retirar a máscara
2. Retire a máscara segurando-a apenas pelo elástico das laterais
3. Coloque a máscara em um saco plástico e amarre bem
4. Borrife o saco com desinfetante
5. Identifique, se possível, o saco com um círculo preto e um X dentro
6. Jogue, preferencialmente, o saco no lixo do banheiro
7. Lave bem as mãos com água e sabão após o descarte