Com o tema “Fraternidade e Ecologia Integral”, a Campanha da Fraternidade 2025 teve sua abertura oficial em Montenegro na manhã deste sábado, dia 8. A cerimônia ocorreu na Cúria Diocesana do município e contou com a presença do bispo Dom Carlos e de representantes das pastorais sociais da região.
Diego Artur Wust, de São Sebastião do Caí, reforçou o objetivo geral da campanha deste ano. “Promover, em espírito quaresma e em termos de urgente crise socioambiental, um processo de conversão integral, ouvindo o grito dos pobres da Terra”, enfatizou.
Ele também citou algumas motivações para a escolha do tema, como os 10 anos da Laudato Sí’, os 800 anos do Cântico das Criaturas de São Francisco, o Jubileu da Esperança, e a realização da COP 30, que ocorrerá em Belém-PA no final deste ano. “Talvez essa seja uma das mais importantes conferências das partes, porque estamos em um momento muito crítico”, declarou.
“A igreja está se mobilizando muito para participar de eventos paralelos, nas paróquias e dioceses, para motivar o espírito público, que pressione os nossos líderes mundiais a tomar decisões mais corajosas na defesa do meio ambiente”, complementou Diego.
Em sua fala, o Bispo Dom Carlos Rômulo Gonçalves e Silva, da Diocese de Montenegro, lembrou que a Campanha da Fraternidade está dentro do espírito da quaresma. “Para nós, o centro do ano litúrgico, da vida, da fé, é a Páscoa. E para viver bem a Páscoa, todos os anos temos um tempo, que se chama quaresma. Fazemos uma avaliação da nossa vida cristã, é um tempo de conversão”, salientou.
“A campanha da fraternidade é para que a gente possa olhar para o pecado, com uma dimensão pessoal, eclesial e social. Ou seja, as coisas que o nosso ‘não’ a Deus, tem consequências, pessoais, eclesiais, sociais… Por isso se faz uma campanha da fraternidade, campanha de nos irmanar, nos fraternizar, e cada ano se olha um tema”, acrescentou.
Por fim, o Bispo projetou uma campanha marcada por alegria e renovação. “Deus viu que tudo era muito bom. Então, nós queremos, nesses 40 dias, rezar, nos converter como pessoas, como igreja e também como sociedade. Que possamos vivenciar esse tempo com muita alegria, e que isso nos renove”, finalizou.