É Natal! De um ano que nos parece não termos vivido. Um ano diferente, onde a distância física nos foi imposta por um ser invisível. Um ano que vivemos, sem viver exatamente o que gostaríamos; um ano em que nos refizemos em conceitos; um ano em que esquecemos sonhos e, mesmo sem querermos, voltamos o olhar para dentro de nós e por Deus chamamos. Quantas vezes! Um ano que muitos acreditam não ter existido, agora renasce no Natal, na festa que comemora a vinda de Jesus e Nele, os ensinamentos que nos conduzem à luz que brilha nos guiando para a renovação moral e espiritual.
A festa de Natal reúne famílias. Nela comemoramos o nascimento de Jesus! Porém numa cidadezinha dessas de conto de fadas, os moradores ansiosos e felizes decoravam casas, ruas com luzes de cores diversas. Afinal, era Natal! Os transeuntes mal se olhavam, apenas corriam apressados como se a festa fosse ontem. Era o pensamento que os norteava: mais luz, mais colorido, mais lindo o Natal! Esquecidos estavam da razão principal da festa, a verdadeira Luz de um Natal que brilha em nós, sem cessar, todos os dias indefinidamente: a Luz de Jesus!
Cada um corria em busca de uma premiação, no concurso que elegeria a mais bonita iluminação de Natal. Porém, como em toda história, havia uma menininha encantadora. Ao mesmo tempo, vivia ali próximo um homem solitário, num ressentimento intenso que lhe tornava impiedoso. Em criança, sofrera com o desprezo dos outros. Ou ele próprio se desprezava? Cultivou em si o ódio, sentimento que o impulsionava a destruir aquilo que os outros julgavam ser Natal! De que adianta tanta luz visível se, em nós, há escuridão?
E a menina da história? Travessa como era e com o pensamento curioso, espionava aquele a quem todos temiam. Foi aí que, numa situação de perigo iminente, aquele tão temido resgatou a menininha, salvando-a. E a penumbra que guiava a sua vida foi substituída por uma fraca luz e, aos poucos, foi se intensificando. Enfim, fizera o bem! E bem, passou a se sentir! Deixou-se conduzir pela menina, retornando à cidadezinha! Os pais, aflitos, transbordaram de alegria e juntos, numa grande corrente de amor, oraram; na prece, a luz de Deus! E foi o Natal mais feliz da cidadezinha!
É Natal num ano diferente! Um ano de sofrimentos, no entanto de muitas vivências com quem amamos. Um ano de aproximação, de tolerância e perdão. Um ano movido pela solidariedade, pela fé! Em cada dia, um aprendizado. Um ano de coragem e de muita prece. Na prece, o amor de Deus! No amor, a fé no futuro! É Natal! Momento de agradecer! Festejemos Jesus!