Na última semana, fiquei muito feliz que o nosso município foi contemplado com um “Centro Dia para Pessoa Idosa”, projeto do Governo do Estado. Este foi um resultado de uma indicação que fiz ao executivo municipal no início de abril, após visita ao asilo Recanto das Vovós. O Centro Dia é um espaço de proteção social especializada, que oferece suporte a idosos, pessoas com deficiência e suas famílias. Seu foco principal é promover a autonomia, a inclusão social e melhorar a qualidade de vida de todos os que o utilizam.
Agora, após ouvir o ex-secretário de segurança cidadã de Recife, Murilo Cavalcanti, e visitar o trabalho da Associação Beneficente Amor e Caridade, aqui no Bairro Aeroclube, fiz uma indicação ao executivo municipal para a criação de um programa socioeducativo, com a instalação de um Centro Comunitário. O objetivo é fortalecer as políticas públicas que promovam a cidadania, a cultura de paz e a prevenção da violência. O exemplo vem de Recife/PE: com o objetivo de construir uma cidade mais segura, a Secretaria de Segurança Cidadã implementou políticas integradas de prevenção da criminalidade com a promoção da cultura de paz e não violência, reconhecendo que a segurança é uma responsabilidade coletiva. Isso foi possível através da criação dos Centros Comunitários da Paz (Compaz), dedicados a empoderar cidadãos nas comunidades mais necessitadas, com atenção especial a crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social.
A criação de um Centro Comunitário é um passo extremamente relevante para a construção de uma sociedade mais justa e pacífica, especialmente em cidades do interior. Ao fortalecer políticas públicas voltadas para a promoção da cidadania, da cultura de paz e da prevenção da violência, esses centros atuam como catalisadores de transformação social. Eles oferecem um espaço seguro para o desenvolvimento de programas socioeducativos, atividades culturais e esportivas, além de serviços de apoio e orientação, servindo, inclusive, como contraturno escolar. Essa abordagem integrada é crucial porque, como temos observado, a violência não é um problema exclusivo das grandes metrópoles. Pelo contrário, dados recentes indicam um cenário preocupante: de acordo com o Monitor da Violência, as mortes violentas em cidades do interior do Rio Grande do Sul cresceram significativamente, com um aumento de 32% nos primeiros nove meses de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Diante desse cenário, a importância de um Centro Comunitário se acentua. Ele serve como um polo de resistência e esperança, capacitando a comunidade local a se tornar protagonista na sua própria segurança e bem-estar. Ao promover a cultura de paz desde a base, com foco em crianças e jovens em situação de vulnerabilidade, esses centros combatem as raízes da violência, oferecendo alternativas e oportunidades.
Eles não apenas complementam o trabalho das forças de segurança, mas também criam um ambiente onde a prevenção é prioritária, e a cidadania é exercida em sua plenitude. Em suma, investir em Centros Comunitários é investir em um futuro mais seguro e harmonioso, transformando a realidade local através do engajamento social, da boa convivência e da educação.