“Levanta-te, acende as luzes, Jerusalém, porque chegou a tua luz” (Is 60,1)

Querido irmão, querida irmã em Cristo, neste Domingo, celebramos a Solenidade da Epifania do Senhor. Continuamos na alegria do Tempo de Natal, celebrando agora a sua Manifestação a todos os povos.

Há poucos dias, celebramos com júbilo o nascimento do Menino Jesus, em Belém. Naquela noite, contemplamos os pastores, que obedecendo ao anúncio dos anjos – “hoje, na cidade de Davi nasceu para vós um Salvador, que é o Cristo Senhor!” (Lc 2,11), correram para ver o sinal: “um recém-nascido envolto em faixas e deitado numa manjedoura” (Lc 2,12).

Agora, celebramos que este ‘Salvador, que é o Cristo Senhor’ é manifestado a todos os povos. Mesmo àqueles povos que não esperavam pela Lei, pelos Profetas, pelas Escrituras, também são chamados e atraídos para a Adoração: “Quando entraram na casa, viram o Menino, com Maria sua mãe. Ajoelharam-se diante dele, e o adoraram” (Mt 2,11). Por isso, o Apóstolo Paulo pode exultar, quando faz ecoar aos nossos ouvidos, através da Segunda Leitura desta Solenidade: “que em outras gerações não foi manifestado aos homens da maneira como agora tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas.A saber: que os gentios são co-herdeiros conosco (que somos judeus), são membros do mesmo corpo e participantes da promessa em Jesus Cristo pelo Evangelho” (Ef 3,5-6).

O que a Epifania do Senhor nos convida a celebrar? A resposta, nós encontramos na Oração Inicial: Concedei aos vossos servos e servas, que já vos conhecem pela fé, contemplar-vos um dia face a face no céu. É um convite a manter acesa a lâmpada da fé, que recebemos no Batismo, e a viver nossa existência como numa grande procissão ao encontro do Senhor que vem.

Em cada celebração, a comunidade dos discípulos e discípulas oferecem “o próprio Cristo imolado e recebido em comunhão nos dons que o simbolizam”. É um convite a viver cotidianamente nossa fé – lâmpadas acesas – abraçando nossa vocação e missão, configurados ao Cristo, de modo que, em cada ofertório, não mais ofertemos, ouro, incenso e mirra, mas o próprio Cristo, através da nossa entrega pessoal e vocacional, simbolizados no pão e no vinho, e que, sacramentalmente recebemos, em comunhão, o próprio Senhor Ressuscitado.

A Solenidade da Epifania do Senhor nos faz celebrar nossa esperança, pois “quando Cristo se manifestou em nossa carne mortal, Vós (Senhor) nos recriastes na luz eterna de sua divindade”. Por isso, vivendo em Comunidade, ouvindo a Palavra de Deus e Celebrando a Eucaristia, vamos alimentando àquela luz que recebemos no Batismo.

Dom Carlos Romulo
Bispo Diocesano

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