Zanatta e Cristiano pedem bis

O velho dito popular “quem cedo madruga Deus ajuda” deve ter inspirado o bloco de cinco partidos que apóiam a reeleição dos atuais governantes do Município. No primeiro dia do prazo aberto para a realização das Convenções para homologar as candidaturas que disputarão o pleito, Republicanos, MDB, Progressistas, Podemos e PL oficializaram o que já era de conhecimento público.

Gustavo Zanatta e Cristiano Braatz concorrem à reeleição, agora sem o selo dos “guris” e da novidade. Juntos estão a velha e a nova política, que foi o principal embate e bandeira da campanha vitoriosa de 2020.

O Republicano, de Percival de Oliveira, e o Progressistas, de Kadu Muller, eram os adversários de Zanatta em 2020. Hoje, estas forças se uniram para garantir a permanência da dupla no comando do Executivo Municipal.

Para muitos, uma eleição fácil, já que os adversários e siglas mais fortes agora compõem um só grupo de apoio. Além disso, são 54 cabos eleitorais empenhados em eleger o seu prefeito e quem sabe conquistar espaço na próxima administração.

Para outros, a situação é bem diferente do cenário da eleição passada, onde os governantes atuais não tinham o desgaste de ser governo e não tinham cobranças sobre o que não fizeram.

“Avança Montenegro” é o slogan da campanha que deve focar na defesa das realizações do atual mandato. Candidaturas que buscam a reeleição defendem o seu legado e justificam o que foi prometido e não realizado.

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União vai sozinho

Dirce Bernadete Dewes

O que antes estava sendo especulado como uma possibilidade, agora torna-se oficial.
Adairto da Rosa, o Chacall, presidente do União Brasil, confirmou que seu partido vai de candidatura própria. E o nome escolhido para concorrer a prefeitura é de sua esposa, Dirce Bernadete Dewes. Chacall vai concorrer a uma vaga na Câmara de Vereadores.

Com esta definição, o bloco de oposição tem sua primeira parede ruída. Especula-se que o bloco possa ter mais perdas. O que inclusive pode ter acontecido ontem à noite.
Sem falar que o Partido dos Trabalhadores ainda não fez sua convenção e ainda existem muitas arestas a serem aparadas.

A úlima vez que Montenegro teve uma mulher concorrendo ao cargo de prefeita foi em 2012, quando Iria Camargo Nessy, pelo PPS, ficou em último lugar, conquistando 1.534 votos. E não está descartada mais uma candidata mulher, vinda do PRD.

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Noite de decisões
Ontem à noite, a Executiva do PDT esteve reunida com lideranças trabalhistas estaduais. Na pauta, segundo informação do presidente Luis Eduardo Conceição, a definição sobre o lançamento de candidatura própria para a chapa majoritária ou simplesmente apoio ao candidato de oposição, que até o momento, tudo indicava ser o vereador Paulo Azeredo.

A convicção do PDT não é o que parecia ser até dias atrás, quando se falava em unir todos os partidos de oposição para enfrentar o atual prefeito.

Por outro lado, sabe-se também que lideranças trabalhistas do Estado, têm o desejo de libertar o PDT da influência de Paulo Azeredo. E apoiar Azeredo, mesmo que em outro partido, pode não ser interessante para o PDT ressurgir. Conceição, por sua vez, declarou que a decisão tomada será pelo bem do partido.

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Sem cavalo e sem lata
Na última sessão da Câmara, os recicladores fizeram um novo protesto, criticando os triciclos (cavalos de lata) que devem substituir as carroças puxadas por cavalos, que estão proibidas.

Segundo o depoimento de dois recicladores, ouvidos na Câmara durante o protesto, se trata da já denunciada falta de condições de tocar o cavalo de lata, porque é muito pesado. Um deles, inclusive, lembrou que na primeira reunião, realizada há dois anos, foi prometido que os cavalos seriam com motor para quem não tivesse condições de saúde. E o que foi entregue é um equipamento que não dá para andar com ele nem vazio, muito menos com peso.

“Queremos nosso direito de trabalhar. Eles tiraram nossa ferramenta de serviço que seriam os cavalos. Não somos contra a Lei. Mas para tirar a ferramenta de trabalho de uma pessoa, tem que dar suporte” declarou Gonzalino de Lara. Ele disse ainda que os cerca de 20 recicladores presentes estão desde 20 de dezembro sem poder trabalhar.

Recicladores protestaram de novo contra os cavalos de lata

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Quem abraça?
O Secretário de Desenvolvimento e Habitação, José Vitor Cardoso, ao ser questionado pela reportagem sobre a situação dos cavalos de lata, respondeu: “Frequentemente recebemos o grupo para testes do novo equipamento. Percebemos, nas ocasiões, que muitos dos que visitam sequer receberam o triciclo ou são recicladores. Geralmente, chegam acompanhados de pré-candidatos a vereador”.

Informou ainda que um reciclador já está trabalhando com o novo equipamento adaptado e um outro já fez teste e aguarda a adaptação.

O Ibiá vem desde abril, quando foi prometida adaptação dos equipamentos, registrando e ouvindo queixas e justificativas de ambos os lados. E nos parece que está na hora de deixar para o lado questões do tipo “não demonstraram interesse no início” ou porque “estão acompanhados de A ou de B”.

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Fatos irrefutáveis
Na cidade trabalhavam muito mais do que 20 recicladores. Por consequência, os equipamentos, mesmo depois de reformados, não contemplarão todos que usavam carroças de tração animal.

Os cavalos de lata são muito pesados e o protótipo aprovado não propiciou nenhuma “testagem” por parte dos recicladores da cidade, antes da sua contratação. Hoje estão de mãos amarradas para exercer o seu trabalho, já que existe uma lei que proíbe o uso de cavalos para a reciclagem e também outras atividades que eram realizadas por carroceiros.

Também não resta nenhuma dúvida que estes trabalhadores carecem de uma monitoria para organização. Se o Poder Público, através dos seus órgãos, não chega até todos eles da forma que é necessária e nas condições que este perfil de trabalhador apresenta, outros agentes ou interesses acabam abraçando suas demandas.

É preciso um olhar diferente para os recicladores. Se a Ação Social do Município não os acolhe, outros vão abraçá-los.

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Ari não vai
O Vereador Ari Muller, Progressistas, é o único dos atuais parlamentares que não vai concorrer a reeleição. Ele justificou que foi uma decisão de família e que já fez sua parte na política.

Ari concorreu pela primeira vez e se elegeu em 2008, pelo PDT, fazendo 937 votos, a sexta maior votação daquele pleito. Em 2012 foi o quarto mais votado, com 914 votos. Em 2016 não se reelegeu, embora tendo feito 669 votos. Em 2020, já no PP, voltou a Câmara quando fez 641 votos.

Nos bastidores, comenta-se que Ari já escolheu quem vai apoiar e tentar transferir seus votos. Trata-se do empresário Ademir Fachini, que concorre também pelo PP.

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