Plano Diretor: audiência sugere mais discussão

A discussão e a elaboração de um Plano Diretor é um momento crucial para qualquer cidade, pois define o rumo do desenvolvimento urbano e impacta diretamente a vida de seus cidadãos, empresários e trabalhadores. Por esta premissa básica, o Plano Diretor precisa ser inclusivo e muito bem debatido, refletindo a visão e os interesses de toda a sociedade.

Para o cidadão comum, um Plano Diretor que não considera a diversidade de necessidades pode resultar em um ambiente urbano desordenado e insustentável. A falta de planejamento adequado pode levar à insuficiência de serviços públicos essenciais, como transporte, saneamento e habitação. Além disso, a exclusão de áreas vulneráveis do planejamento pode agravar problemas sociais, como a desigualdade e a marginalização de comunidades.

Na manhã de ontem, aconteceu a quarta audiência pública do Plano Diretor. As técnicas da Prefeitura, arquitetas Letícia Tonietto e Valéria Wollmann, se esforçaram para passar ao público presente, no tempo determinado, aspectos técnicos complexos que envolvem o tema.

No entanto, 16, dos 17 integrantes do público que pediu o uso da palavra, manifestaram –se contrários à sistemática de apresentação e discussão do plano. O presidente da Câmara, vereador Talis Ferreira, interferiu em vários momentos para explicar que a realização de audiências públicas são regradas pelo Regimento Interno.

Outro aspecto que chamou à atenção foram algumas manifestações denunciando interesses corporativos e econômicos para pressionar o projeto atual, sem a realização de estudos técnicos.

Contudo, o que mais sensibilizou foram depoimentos de representantes de famílias que perderam tudo nas enchentes e que, ao tomar conhecimento do PL do Plano Diretor, não encontraram sequer uma linha que trate sobre ordenações estruturais que tratem das questões climáticas e seus efeitos.

O secretário de Planejamento, Rafael Cruz, no seu tempo de 20 minutos para finalização da audiência, abriu espaço para que novamente o público fizesse questionamentos e tentou esclarecer vários pontos. Especialmente as questões relacionadas a saneamento, drenagem, esgotos e áreas de alagamento, garantido que os estudos técnicos necessários estão em fase de contratação ou de análise.

Rafael garantiu que estas leis complementares serão elaboradas a partir destes estudos técnicos, encaminhados posteriormente ao Complad e poderão, inclusive, resultar em mudanças no Plano Diretor, se assim for necessário.

O clima de fim de audiência ainda pareceu de desconforto e insegurança, por parte do público, que inclusive manifestou várias vezes que o assunto não deveria ser apreciado e votado pela atual Legislatura. Apenas três vereadores estavam presentes: Ari Muller e Gustavo Oliveira do PP e o presidente do Legislativo Talis Ferreira.

Os cidadãos montenegrinos ainda podem se manifestar de forma virtual, até às 16h30 do dia 21 de novembro de 2024, por meio do e-mail: [email protected]. Em seguida o grupo técnico faz eventuais ajustes ou mudanças e o projeto vai para a Câmara para votação.
A palavra final será do Legislativo.

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Percival garante que vai ser vereador

“Não teria concorrido se não fosse para ser vereador”

Os últimos dias foram bem produtivos na proliferação de especulações sobre uma eventual renúncia do vereador eleito Percival Souza de Oliveira, Republicanos. O Observatório conversou com Percival, que se diz surpreso com esta teoria de que não vai assumir no Legislativo.

A narrativa surge em função de Percival ser assessor na Assembleia Legislativa, cargo ao qual teria um salário maior que o de um vereador. Por esta razão, não iria abrir mão de um salário melhor para ser vereador.

Percival esclarece que não existe impedimento legal que o proíba de exercer a função de assessor parlamentar, concomitante, com a função de vereador. Ele lembrou que, quando foi vereador, antes de ser prefeito, acumulou com a função de assessor de parlamentar.

Outro exemplo é a situação dos vereadores Sérgio Souza (MDB) e Ana Paula Machado (Podemos), que continuam exercendo seus cargos no Executivo. No caso de assessor parlamentar, o ente pagador é outro, o horário de expediente também. Quem está de olho na cadeira do Percival pode esperar sentado, a julgar pela manifestação do ex-prefeito.

Percival foi muito direto, dizendo: “se fosse para não honrar os votos de confiança que recebi, não teria nem concorrido”. Parece que tudo se resume a um sonho juvenil.

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Novo olhar

Prefeito Zanatta recebendo promessa de novas parcerias

A vereadora eleita Claudete Ebenhardt, PDT, tem mantido diálogo com o deputado federal Pompeo de Mattos, PDT, parlamentar de seis mandatos na Câmara Federal.

Recentemente, ela revelou que, após a conquista da cadeira na Câmara, com a segunda maior votação no pleito, passou a ser procurada por vários deputados federais e estaduais. Tudo indica, entretanto, que fará uma parceria republicana com o deputado federal Pompeo de Mattos, que já tem um olhar diferenciado para Montenegro. Tanto é verdade, que nos últimos pleitos Pompeo sempre apareceu entre os deputados mais votados na cidade.

Durante muito tempo, Pompeo trabalhou mais alinhado ao vereador Paulo Azeredo. Mas ultimamente a relação entre ambos não era a mesma. Agora, vê a oportunidade de estabelecer uma nova relação com uma liderança jovem e desatrelada aos antigos caciques do PDT. A cidade só tem a ganhar.

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Boas ações

O deputado Pompeo de Mattos intermediou, junto ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a doação ao Município de um veículo Saveiro, que não seria utilizado após a renovação da frota.

A formalização da entrega do veículo aconteceu na última quarta-feira, 6, e contou com a presença da vereadora eleita Claudete Eberhardt. Na oportunidade Claudete declarou que será parceira das boas ações do Município a partir do ano que vem, quando assumir na Câmara.

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Processo de cassação

A última movimentação no processo que analisa a cassação do mandato do vereador Paulo Azeredo, PSDB, aconteceu no dia 05 de novembro, quando a comissão, após receber a defesa do denunciado, decidiu dar prosseguimento ao processo.

Nos próximos dias devem ser agendadas as datas para ouvir as testemunhas arroladas pelos denunciantes e das dez testemunhas arroladas pela defesa.

Restam 30 dias úteis para tramitar todas as etapas do processo. Já existe um “zum zum” de que o prazo será insuficiente para cumprimento regimental. Outros agentes, no entanto, garantem que o processo será concluído.

Enquanto isso, o vereador esteve ausente nas últimas três sessões, justificando através de atestado problemas médicos.

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AME-Rio Caí

A criação da Associação dos Moradores Empreendedores Atingidos pelas Cheias do Rio Caí, AME – Rio Caí, é um passo importante na conscientização e luta por ações de mitigação dos efeitos das enchentes.

Tomara que a atuação da associação seja tão feliz quanto a escolha da sua denominação, onde foi possível unir os seus principais objetivos: lutar pelos atingidos pelas cheias e a manifestação de carinho e respeito ao nosso grande manancial de vida, com o nome “fantasia” AME – Rio Caí.

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