A 1ª Conferência Municipal da Pessoa com Deficiência, que ocorreu na semana passada, discutiu questões de acessibilidade. Cabe lembrar que a Conferência não foi realizada na data original, porque a organização não havia providenciado um intérprete em libras, para que os participantes surdos/mudos pudessem acompanhar os debates e expor suas idéias.
Este fato, isoladamente, já é emblemático e representativo do quanto temos que evoluir para oferecer as mínimas condições para que os portadores de deficiência possam se deslocar na cidade e acessar órgãos públicos com facilidade e segurança.
Valdair Silva, membro do Conselho Municipal das Pessoas com Deficiência, em entrevista ao Estúdio Ibiá, falou sobre as carências da implementação dos direitos da pessoa com deficiência. O ponto principal a ser destacado no diagnóstico feito pelos conferencistas é a falta de mobilidade urbana. “As calçadas, as ruas, não oferecem segurança para as pessoas com deficiência. Em Montenegro não tem nenhuma sinaleira com sinal sonoro”, desabafou.
Além de não ter rampa de acesso nas calçadas, para cadeirantes, a falta de manutenção, com buracos e irregularidades, coloca em risco todos os pedestres, e não só para as pessoas que tem alguma limitação física. A manutenção das calçadas, por força de lei, é responsabilidade do proprietário do imóvel. Mas falta fiscalização.
Valdair ainda lamentou que o Plano de Mobilidade Urbana , PMU, foi pouco discutido com a comunidade, e que nem mesmo os Conselhos foram ouvidos. Outro grave problema apontado é que o PMU foi elaborado baseado no Plano Diretor atual, já ultrapassado, e que um novo deve ser votado em breve.
Daqui há um ano será realizada a segunda Conferência e não se têm perspectivas de que o próximo diagnóstico seja diferente, já que o próprio PMU parece não ter dado a atenção que o assunto merece.
O problema é antigo, e as cobranças também. A cada mudança de governo se renova a esperança de que os novos gestores vão priorizar medidas de mobilidade e acessibilidade, que são essenciais à toda a sociedade.
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Podemos vem forte para eleição municipal
O Partido Podemos foi fundado, oficialmente, em Montenegro na última sexta-feira. A legenda nasce com mais de 200 filiados, conforme número informado pela direção do partido. A maioria é oriunda do PTB, que elegeu o atual prefeito, Gustavo Zanatta.
Prestigiaram o evento de fundação deputados e lideranças do Podemos, como o deputado estadual Airton Lima, Everton Braz presidente do Diretório Estadual e o ex-deputado federal Maurício Dziedricki.
O chefe do Executivo, acompanhado de muitos dos seus comandados, esteve presente. Ele, que agora está no Republicanos, tem nos filiados ao Podemos e ao MDB a base de seu governo. No discurso, saudou a criação do partido, cujos integrantes foram seus companheiros de PTB até há algumas semanas. E deverão ser os principais aliados na busca pela reeleição em 2024.
A executiva do Podemos é presidida por Everton Baum, o Alemão Baumcar, vice Vladimir Ramos Gonzaga, secretaria Jorge Gomes e Nicolas Phol. Os tesoureiros são Paulo Tempass e Pedro Vargas.
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Observatório democrático e plural
O Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores encaminhou à coluna uma nota em contraponto a comentários do Observatório sobre o Partido Novo. A Coluna enfocou a opinião de quem está aderindo ao Novo, e também alguns dos seus princípios.
Este é um espaço plural e respeita a opinião de todas as ideologias, pois é um dos pilares da democracia: direito ao contraditório.
A nota diz que “O PT sempre defendeu a democracia, o pluripartidarismo, a participação popular, como afirmações da cidadania. Repudiamos a manifestação do partido novo que se cria em Montenegro para fazer oposição pela oposição. O PT se coloca no cenário político com proposta construtiva de projeto, mantendo o debate sempre no patamar das ideais e não de provocações. O novo partido não apresenta propostas, como salientamos, surge para fazer oposição pela oposição ao Partido dos Trabalhadores. Triste equívoco” conclui a nota.
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Discriminação é realidade
Luis Eduardo Conceição, presidente do Diretório do PDT, ocupou na última sessão, o espaço Tribuna Popular da Câmara de Vereadores. A pauta foi a discriminação racial, quando relembrou fatos e termos racistas impregnados na sociedade brasileira e mundial.
Disse que a abolição da escravatura foi uma mentira, porque não vê negros nos grandes cargos, nos grandes escalões da sociedade. E que o negro bem sucedido no Brasil é cantor de samba, pagode, rap ou funk.
Afirmou que resistência é a palavra que define o negro, que, apesar do sofrimento, da falta de oportunidade, da humilhação e do deboche, segue forte na batalha. Destacou que os negros não aceitam mais ser coadjuvantes.
Conceição foi muito firme em suas colocações, cobrando políticas públicas de combate ao racismo e as desigualdades sociais. Mas, com certeza uma frase chocou:
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Política no sangue I
A pedetista Iolanda Azeredo Hofstatter circula pelos corredores da política com a fluidez de quem conhece os atalhos. As especulações sobre uma possível candidatura ao Executivo Municipal se intensificaram nos últimos dias.
Ao ser questionada sobre uma eventual participação no pleito do ano que vem, respondeu sem hesitar. “A política corre em meu sangue. Nunca deixei de fazer política. Tenho vontade de voltar a concorrer, mas a família não quer.”
Política no sangue II
Riviane Bühler é mais uma que a política corre em suas veias. Filha da ex-prefeita Madalena Bühler, saiu do PSB e ingressou no MDB. Deve seguir os mesmos passos de seus pais, Rivo e Madalena, que começaram sua trajetória política concorrendo a uma cadeira na Câmara Municipal de Vereadores.
Falando em MDB, o partido vem fazendo uma série de filiações, com o objetivo de compor uma nominata forte para concorrer a vereança.
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Calor de padaria
O Executivo Municipal apresentou projeto de Lei para implantação de Turno Único na Prefeitura. A medida foi aprovada pelos vereadores por unanimidade, vigorando apenas de 4 a 31 de dezembro.
A justificativa apresentada é a necessidade de instalação de ar condicionado no prédio onde está localizada a Prefeitura. O serviço será executado no turno inverso, já que o funcionamento será das 7 às 13h.
O assunto mereceu alguns comentários do tipo o “calor dos fornos da padaria” e que faltou planejamento. O executivo demorou muitos meses para ocupar o prédio depois de alugado e, mesmo assim, não teria se organizado para instalação de refrigeração.