O ex-prefeito, e agora vereador, Percival de Oliveira, na Tribuna da Câmara. afirmou “a gente convive com esse problema há muitos anos”, referindo-se ao Hospital Montenegro. O parlamentar foi além e lembrou de quando estava à frente do Executivo: “nós injetamos no Hospital Montenegro R$25 milhões para que ele não fechasse as suas portas, encerrando o atendimento”.
Todos nós sabemos que, se o hospital fechar as portas, reabrir será muito mais difícil. Foi com base nesta preocupação que Percival abriu mão de executar vários projetos prometidos em campanha eleitoral.
Diante desta dívida de R$70 milhões, referida pelo diretor executivo do Hospital, Percival comparou com os times de futebol. “Temos que nos preocupar não só com a questão financeira do hospital, mas também com a questão da gestão. Acho que algumas coisas não funcionam como deveriam funcionar”, avaliou.
Mas a constatação mais forte de Percival é de que “nosso Hospital Montenegro tornou-se um saco sem fundo.”
Atualizando: entre 65 e 74 milhões de reais
A sifra apresentada pelo ex-prefeito Percival de quanto investiu no Hospital durante seu mandato nos leva ao exercício de atualização monetária. Como Percival foi prefeito entre 2005 e 2012, fica difícil estabelecer um valor preciso, sem ter acesso ao fluxo de liberação destes recursos.
Mas não deve ficar muito longe de um montante entre R$ 65 e R$ 74 milhões, em valores atuais. Outra questão evidenciada, desde o início dos anos 2000, são os questionamentos e críticas nascidas no próprio corpo de funcionários do HM. Super salários para alguns gestores e excesso de funcionários em áreas administrativas.
Muito se falou nestas duas décadas em auditoria, ou ainda, “abrir a caixa preta”. Ação sempre rechaçada pelos gestores do HM em cada momento, sob a justificativa de que já prestavam contas dos recursos públicos recebidos. Além disso, alegavam tratar-se de uma entidade privada.
Para separar o lixo, educar é preciso
A Administração Zanatta está instalando miniecopontos de coleta do lixo em locais de grande movimentação. As estruturas possuem quatro recipientes, cada um com cerca de 1,80 metro, nas cores vermelha, azul, amarela e verde para os diferentes tipos de resíduos.
Os locais escolhidos foram o Parque Centenário, Praça Rui Barbosa, Praça dos Ferroviários, Praça Timbaúva, Praça São João e o Cais do Porto das Laranjeiras.
A vereadora Rivi Buhler, no dia 20 de fevereiro, havia encaminhado requerimento para “tratar da coleta seletiva do lixo e as lixeiras, bem como sobre a instalação de Ecopontos”.
Com a notícia da instalação dos ecopontos, a vereadora, na última sessão, destacou a necessidade de “ações para que a população utilize de forma correta, ações educacionais, não só nas escolas, mas também para a população em geral”. De fato, isso é extremamente importante, que a população seja educada e estimulada a se apropriar destes espaços, contribuindo com a redução do descarte inadequado.
Educação ambiental não acontece de forma tão simples, ou seja, somente instalando ecopontos.
A coleta seletiva do lixo precisa ser encarada de forma mais assertiva. A Prefeitura faz de conta que temos coleta seletiva e a população faz de conta que separa o lixo. Aguardando o resultado desta reunião que vai discutir estas questões.
Lazer é bom demais
Se há uma coisa que nenhum cidadão eleitor/montenegrino pode se queixar é sobre as ações de lazer oferecidas pelo governo Zanatta. Apesar de todo o impacto financeiro pós-pandemia e depois os prejuízos de várias enchentes, Zanatta e seus comandados não abriram mão de realizar eventos.
Os críticos de investimentos no lazer acreditam apenas na política do pão e circo, praticada na Roma Antiga, como uma estratégia para engambelar o povo. Acreditamos que o lazer é importante para o bem viver da população, assim como a cultura e o esporte. Ou “nem só de pão vive o homem.” Até porque Zanatta tem muitos projetos e ações para mostrar.
Por que não o Centenário
Também é preciso reconhecer que a Ramiro Barcelos, centro da cidade, não é o local ideal para grandes eventos, que necessitem obstruir o fluxo da principal vitrine comercial da região.
O Sambódromo substituiu a Avenida Rio Branco no Rio de Janeiro e o Porto Seco foi escolhido para abrigar o Desfile de Rua de Porto Alegre, desafogando a Avenida Borges de Medeiros, a Avenida Loureiro da Silva e a Avenida Augusto de Carvalho. São eventos de magnitudes diferentes, é óbvio. Mas a lógica é a mesma, no que diz respeito às intercorrências que afetam as atividades econômicas e o ir e vir das pessoas.
Um comerciante, bastante prejudicado com o bloqueio da Ramiro, lamentou que a Prefeitura tenha informado que não haveria um bloqueio total da via. Na prática, isto não aconteceu. Outro desabafou: “Se a gente reclama, dizem que somos contra os eventos, porque temos condições de sair da cidade”. Segundo ele, isso é estimular polêmicas desnecessárias, de disputa de classes.
O Parque Centenário é o local ideal para grandes eventos. A festa de aniversário de 150 anos de Montenegro já comprovou isto. Lá, a estrutura está pronta, com espaço, palco, camarins e tudo que precisa. Esta decisão vai reduzir os custos com estes itens, que poderiam ser usados em melhorias no próprio Parque.
Novos ares no PDT
Na sexta-feira, véspera do Carnaval, no Clube de Regatas Caça e Pesca ocorreu a apresentação da nova executiva do PDT de Montenegro. Prestigiou o evento o Deputado Federal Pompeo de Mattos.
Daniel Costa, o novo presidente da Executiva Municipal declarou que é “motivo de muito orgulho” assumir a condução dos pedetistas em Montenegro, e também agradeceu a confiança da Executiva Estadual do Partido.
“Iniciamos um novo ciclo, no qual tenho certeza que iremos realizar um grande trabalho de fortalecimento e crescimento do partido,” prometeu Daniel. Pompeu de Mattos declarou que “para aqueles que duvidavam e que anunciavam a nossa morte, nós estamos proclamando a nossa ressurreição”, afirmando que o PDT está de pé e animado.
Na oportunidade foram realizadas novas filiações. A executiva ficou assim constituída : Daniel Costa, presidente; Luiz Azeredo , Tesoureiro e os membros: Ana Cristina Ajardo, Claudete D’Ávila Eberhardt, Cristina Vaccari Lopes, Gabriela Medtler, Gelson Antônio Alves, Gustavo Adolfo Rohr, Iolanda Azeredo Hofstatter, Leila Fátima dos Santos e Paulo Giovani Bender.
