A noite do último sábado foi um marco na vida dos moradores do edifício Kemari, localizado junto a Praça dos Ferroviários. O local vem sendo ponto de “ajuntamento” de jovens que permanecem ali até altas horas, escutando som alto e promovendo algazarras.
O problema se arrasta há anos, não restando alternativa aos moradores do entorno da Praça recorrer, com certa regularidade, às autoridades do Município. Na madrugada do dia 14 de janeiro uma operação conjunta da Brigada Militar, Guarda Municipal e Conselho Tutelar realizou uma fiscalização para combater perturbação sonora, atos de vandalismo e consumo de bebidas alcoólicas por menores de idade.
Durante a semana que passou, o som alto na pracinha retornou. Segundo moradores, a ação das autoridades de segurança coibiu os frequentadores noturnos por poucos dias. Na semana que passou o inferninho recomeçou. E a represália veio com força neste sábado.
Por volta de 23h45min, um dos portões que dá acesso à garagem do prédio foi alvejado com um tijolo grande. A partir deste fato, os moradores, no grupo de WhatsApp do prédio iniciam um diálogo que confirma a situação de medo e insegurança que eles vêm enfrentando.
Quem acompanhar as conversas destes moradores sem saber de onde é, vai imaginar que não se trata de Montenegro. Na verdade, eles já eram reféns de um grupo de pessoas que escolheu a pracinha como um ponto de encontro à noite, para consumo de álcool, drogas e som alto. E agora, como as medidas adotadas não atacaram a raiz do problema, partiram para ameaças e ataque ao patrimônio como forma de represália.
Os cidadãos de bem, que precisam de uma noite de descanso para cumprir seus compromissos no dia seguinte, já estavam estressados por enfrentar a mesma situação noite após noite. Se não bastasse isto, agora enfrentam o medo de serem agredidos. Chegar em casa tarde da noite passou a ser um dilema.
Agora que chegou ao ponto da violência e a ameaça à integridade física das pessoas, o que mais será preciso acontecer? O próximo fato será a violência contra a pessoa? Ou ter que pagar pedágio para entrar em sua própria casa? Onde o Estado falha, outras formas de poder assumem o comando.
Em reunião recente dos moradores do entorno da praça com autoridades do Município, foi prometido uma presença mais efetiva da Guarda Municipal e da Brigada Militar no local. Mas, a efetividade desta ação não foi percebida. E a operação do dia 14 só serviu para motivar uma represália.
Alguns defendem a adoção de uma lei de proibição de consumo de bebidas alcoólicas em via pública, após um determinado horário, como solução. Se a Prefeitura não tem fiscalização e autuação efetiva para coibir a prática de sonegação de nota fiscal ou de falta de conservação de calçadas no Centro da cidade, entre outras questões prementes de fiscalização, terá capacidade de fazer valer uma lei desta natureza?
O que é líquido e certo é o pavor dos cidadãos com o que vem pela frente.
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Manutenção das calçadas
A administração municipal vem construindo alguns passeios em logradouros visando garantir a segurança dos transeuntes. Assim aconteceu com a Selma Wallauer, em que junto à conclusão do asfalto, também foram feitas as calçadas.
Há 10 dias, a Prefeitura divulgou a assinatura da ordem de início dos serviços de construção do passeio público na Estrada Reynaldo Hörlle. Mais um investimento que a Prefeitura acaba realizando com o recurso de todos, porque os donos do imóvel não assumem sua responsabilidade. Mas, se o governo municipal não faz, as pessoas que por estes locais se deslocam, ficam submetidas aos riscos iminentes do trânsito e de motoristas que não respeitam os limites de velocidades.
Um dos moradores mais conscientes e que dão valor ao que foi investido por toda a coletividade, avisou o Ibiá sobre o que foi feito em um terreno baldio na Selma Wallauer. Lá foram colocados restos de construção, possivelmente para acesso de carro, dificultando para as pessoas que transitam a pé, além de danificar o que foi feito.
Não seria o caso de a fiscalização autuar e buscar ressarcimento do valor investido? Infelizmente, algumas vezes a única regra que funciona é a do bolso.
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Investimentos no Esporte I
A Coluna recebeu uma mensagem do leitor José Altemir de Castro, criticando a valorização que temos dado aos investimentos do governo Zanatta na área de esportes. Segundo ele, considerando o tamanho do Município e a sua arrecadação, os valores são “irrisórios”.
Ele nos mandou um link do site do jornal Primeira Hora, de Bom Princípio, informando a destinação de recursos para o esporte. Segundo a publicação, o Executivo de Bom Princípio repassou, em dezembro de 2023, o valor de R$ 802.106,45 a cinco entidades esportivas do Município, em apenas uma ação.
Respeitamos a avaliação do nosso leitor. Mas é importante frisar que temos destacado bastante é a iniciativa, através de lei de incentivo ao esporte, que permite a destinação de recursos para ajudar atletas que representam a cidade em competições regionais, estaduais, nacionais e até fora do País.
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Investimentos no Esporte II
No orçamento de 2024, além dos R$ 250 mil de incentivo aos atletas, estão projetados R$ 750 mil para a realização de competições. Não entram nesta rubrica reformas e manutenções de ginásios, por exemplo, e outras ações.
É difícil comparar com outros Municípios sem termos mais informações. De qualquer forma, se compararmos com os governos passados, o esporte está sendo valorizado no Município.