Vivemos um período crucial de eleições municipais, onde os candidatos ao comando dos municípios têm a oportunidade de definir o futuro de suas comunidades. No entanto, é alarmante observar que a questão ambiental não tem sido colocada em primeiro plano nas discussões de compromissos de governo. Este é um erro grave que pode ter consequências devastadoras para o meio ambiente e para a qualidade de vida dos cidadãos.
As enchentes urbanas são um problema recorrente em muitas cidades, e suas causas são múltiplas. Entre as principais, podemos citar as chuvas intensas, tipo de piso, a forma de tratamento do lixo, acumulo de lixo nos bueiros, erros de projeto de drenagem e a ocupação irregular do solo. Hidrologicamente, as chuvas de curta duração e alta intensidade são particularmente problemáticas, pois sobrecarregam rapidamente os sistemas de drenagem insuficientes, resultando em inundações que causam danos materiais e colocam vidas em risco.
A falta de políticas ambientais eficazes agrava ainda mais essa situação. A ocupação irregular do solo, por exemplo, é um problema que poderia ser mitigado com uma gestão territorial mais rigorosa e planejada. A implementação de sistemas de drenagem eficientes e a promoção de práticas sustentáveis de uso do solo são medidas essenciais que precisam ser adotadas urgentemente.
Além disso, é preocupante a visão obtusa de alguns gestores e candidatos que acreditam que as queimadas em outras regiões do Brasil não têm impacto sobre suas comunidades. Este pensamento é não apenas equivocado, mas também perigoso. As queimadas contribuem para a degradação ambiental em larga escala, afetando a qualidade do ar, a biodiversidade e o clima. As mudanças climáticas resultantes dessas práticas afetam todo o país, incluindo os pequenos municípios, que muitas vezes são menos preparados para lidar com eventos climáticos extremos e as conseqüências para a saúde pública.
Portanto, é imperativo que os candidatos e gestores públicos adotem políticas ambientais efetivas e eficazes. A sustentabilidade deve ser um pilar central em qualquer plano de governo. Isso inclui a promoção de práticas agrícolas sustentáveis, a proteção de áreas verdes, a gestão adequada dos resíduos sólidos e a educação ambiental para a população.
Os eleitores também têm um papel crucial nesse processo. É fundamental que a sociedade cobre dos candidatos um compromisso real com a questão ambiental. A pressão popular pode ser um poderoso catalisador para a mudança, incentivando os políticos a adotarem medidas que realmente façam a diferença.
Em resumo, a negligência da questão ambiental nos planos de governo dos candidatos é um erro que não podemos mais permitir. As consequências das mudanças climáticas e da degradação ambiental são reais e afetam a todos nós. É hora de agir com responsabilidade e visão de futuro, adotando políticas que garantam um desenvolvimento sustentável e a preservação do nosso meio ambiente. Somente assim poderemos construir comunidades resilientes e garantir uma qualidade de vida digna para as futuras gerações.
As cidades da nossa região já sofrem com as enchentes em larga escala, sem falar no saneamento básico, que está longe de ter um projeto suficiente para resolver a questão. Por isso, aqui também precisamos de projetos sérios que protejam nosso ambiente. Ainda há tempo para se preocuparem com este tema.
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Muniz é o quinto prefeito de Montenegro
O advogado Alexandre Muniz de Moura, Procurador Geral do Município, assumiu o comando do Executivo Municipal. O prefeito Gustavo Zanatta saiu de férias em 2 de setembro para dedicar-se à campanha, quando o vice- prefeito Cristiano Braatz assumiu como prefeito. Ontem, 16 de setembro, Braatz também entrou em férias para se somar a Zanatta no corpo a corpo.
Até 2015, a legislação previa que, nestes casos, o cargo de prefeito seria exercido pelo presidente da Câmara de Vereadores. O presidente do Legislativo Municipal, Talis Ferreira, também concorre e legalmente está impedido de assumir. Coube então ao Procurador Geral do Município comandar a administração até o final das eleições.
Cabe informar que a Emenda 031/15 à Lei Orgânica do Município colocou o procurador geral na linha direta de sucessão do prefeito.
Montenegro nesta legislatura já teve cinco prefeitos: o eleito Gustavo Zanatta, o vice Cristiano Braatz, Talis Ferreira e Felipe Kinn, quando estavam na presidência no Legislativo, e agora o Procurador Alexandre Muniz de Moura.
Passagens de comando tranquilas e sem sobressaltos ou surpresas durante as gestões temporárias. O que não será diferente com o advogado Muniz, que integra o grupo de trabalho do governo Zanatta-Braatz desde o início deste governo.
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Repercutindo
O Observatório da semana passada destacou os apelidos registrados pelos candidatos de Montenegro. E a nota acabou tendo vários tipos de reações. Teve quem gostou e quem atacou a Coluna por não ter incluído seu apelido na lista, embora o próprio candidato não tenha colocado o seu apelido no registro junto ao TRE, Tribunal Regional Eleitoral.
Outra manifestação que recebemos foi de um candidato lamentando que não ter conhecimento de que poderia ter incluído seu apelido.
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Candidatos da Região
Atendendo sugestões que nos enviaram, destacamos na Coluna de hoje os apelidos que acompanham os candidatos da região.
Brochier: na majoritária tem Pigue, Xiru, Beto e Hyke. Para a Câmara Dudu Machado, Ganso, Ju, Krema, Leninha, Lurdinha, Sani, Teti e Tiquinha
Maratá: Beto, Gringo, Marinho, Nuque, Iéia, Tia Bia e Tio Hugo
Pareci Novo: Tita, Carruira, Chacrinha, Dilo, Lulu, Luisinho e Vivi
São José do Sul: na majoritária, Juli, e na Câmara, Fia, Nadir Negão, Paulo Pius, Tacy e Zé Luiz.
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Cada apelido, uma história
O apelido Zé normalmente é associado ao nome José. Mas não foi assim que aconteceu com o Luis Eduardo Conceição, que também tem o apelido de Zeh.
E ele veio do seu avó José Olmiro da Conceição. Sua mãe queria fazer uma homenagem ao seu avô. Mas durante a gestação o pai de Luis Eduardo, Lindomar Conceição, não estava se agradando da idéia. Gerson Luis, o irmão mais velho de Eduardo, já chamava o maninho de Zezinho ainda na barriga da mamãe. Assim como as pessoas mais próximas já tinham confeccionado até lembrancinhas como o nome de José Eduardo.
Ele nasceu no dia 29 de janeiro de 1989 e enquanto a mãe estava no hospital, o pai foi ao Cartório registrar o bebê. Chegando lá ele não lembrou ou fez que não lembrou e registrou o menino como Luis, o segundo nome do irmão mais velho.
E foi assim que o Luis Eduardo ficou com o apelido de Zeh.
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Onde andam os R$ do Fundão
Recebemos muitos questionamentos sobre a distribuição do Fundo Eleitoral. As pessoas querem saber como estão sendo distribuídos os R$ 4,9 bilhões que foram disponibilizados para financiar as campanhas municipais.
Os critérios de quanto cada partido tem direito tem regras claras e já abordamos na coluna na página 3. Os recursos são distribuídos com base no número de deputados federais e senadores eleitos pelas siglas na última eleição.
O recurso é disponibilizado à direção nacional de cada, depois que a sigla definir e divulgar seus critérios usados para a distribuição interna dos recursos.
Os candidatos reclamam e com razão, e muito pouco ou nada chega aos municípios de médio e pequeno porte.